Teve razão o prof. Paulo Napoleão Nogueira da Silva, ex-professor de
Direito Constitucional na Universidade Estadual Paulista quando
escreveu:
"Nos cem anos durante os quais vigorou a proibição de sequer falar-se em monarquia, o País foi programaticamente induzido
(as palavras programaticamente induzido vêm grifadas no artigo) a
esquecê-la. Diretrizes governamentais de todos os tipos, explícitas ou
dissimuladas, foram adotadas nesse sentido. Substituíram Dom Pedro I por
José Bonifácio, na iconografia oficial da Independência, mas a figura
do Patriarca não calou fundo, além do que ele próprio era um defensor da
Monarquia. Então o papel de Tiradentes – relevante no processo de
formação e conscientização da nacionalidade, e sem dúvida glorioso, foi
enfatizado e realçado a um grau nem sempre compatível com a realidade
histórica. Ainda e sempre, para esconder ou minimizar o papel de Pedro I
– um monarca –- no processo da Independência.
Desde os
primeiros dias da República os autores dos livros didáticos para os
cursos primário e secundário, segundo critério de orientação e
exigências do Ministério da Educação, passaram a só estampar o retrato
de Pedro II com as longas barbas e o aspecto cansado dos seus últimos
anos de vida, para associar à Monarquia a imagem de velhice, decrepitude
e coisa antiga. Esses mesmos livros tratavam, e ainda hoje tratam, de
evidenciar as glórias da proclamação da República, o heroísmo de Deodoro
e o idealismo dos seus companheiros, como se tivessem participado de
uma feroz batalha em prol da liberdade”.
A partir da Constituição de 1988 – a sétima promulgada no período republicano, o que dá uma média de 1 Constituição a cada 14 anos – permitiu-se aos historiadores não filiados a partidos da esquerda troglodita pudessem apresentar sua versão da história. Dentre eles, o Prof. Dr. Armando Alexandre dos Santos, autor de 64 livros, cujas obras já ultrapassam 1 milhão e 400 mil exemplares publicados, professor do mestrado na Universidade do Sul de Santa Catarina–UNISUL que declarou:
“A monarquia, longe de ser uma forma de governo arcaica e ultrapassada é moderníssima e de grande maleabilidade. Muitos a criticam por puro preconceito ou por desconhecimento, mas ela é, ao meu ver, um caminho viável para o Brasil atual. Pode parecer um sonho, mas, como escreveu Fernando Pessoa, “Deus quer, o homem sonha e a obra nasce”. Por outro lado, se a monarquia parece um sonho, a república que temos no Brasil, sem dúvida, é um pesadelo”.
Sim, ainda existem doutores de universidades que não são marxistas!
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