Imperatriz Leopoldina
É triste a realidade educacional do Brasil. Em 2018, um estudo feito pelo Ibope Inteligência, em parceria com a ONG Ação Educativa e Instituto Paulo Montenegro, indicou que que 29% da população brasileira estava enquadrada como “analfabetos funcionais”. Segundo a pesquisa citada, deste total, 8% eram analfabetos absolutos (aqueles que não conseguem ler palavras e frases) e 21% estavam no nível considerado rudimentar, ou seja, sequer conseguem obter informações num calendário.
Se passarmos para as faixas da população que estudaram, mesmo as que atingiram as universidades públicas, o quadro não é dos mais animadores. Não só porque o ensino universitário público brasileiro ainda é direcionado pelo viés marxista; as disciplinas sofrem ideologização e patrulhamento ideológico por parte dos professores; estes ainda pregam a “luta de classes”, e outros princípios marxistas, há muito abolidos (desde a queda do Muro de Berlim, na última década do século passado) nas universidades de países do primeiro mundo. Haja atraso por aqui!
Lamentável a grade de ensino de História no ensino público. Tem gente “graduada” ainda dizendo que "Dilma Rousseff foi a primeira mulher a governar o Brasil" (SIC). Pode isso, Arnaldo? Se dissessem, pelo menos, que a Princesa Isabel governou,nosso país, antes de Dilma...vá lá, estariam "parcialmente" certos. A Princesa Isabel foi Regente do Império do Brasil, em três ocasiões, substituindo seu pai – o Imperador Dom Pedro II – nas viagens deste ao exterior.
Mas não. Desconhecem que a primeira mulher a administrar o Brasil, antes da nossa independência, foi Dona Leopoldina (depois nossa primeira Imperatriz), na condição de Princesa-Regente. Ela assumiu, o governo do Brasil, em 13 de agosto de 1822, durante a ausência do seu esposo, o então Príncipe-Regente, Dom Pedro de Alcântara (depois Imperador Pedro I), quando este foi à Província de São Paulo. Nessa viagem resultou – em 7 de setembro de 1822 – o Grito do Ipiranga, que desfez nossos laços de dependência com Portugal.
Aliás, o papel de Dona Leopoldina na declaração de independência do Brasil foi bem mais amplo. Mas, por limitação de espaço, falarei sobre isso num próximo artigo.