Inútil indagar aos que veem soltas nas ruas as esfinges alucinadas a que vieram. Selvagens, elas cumprem papel de milênios e das gerações que sucedem, querendo ardentemente dizer aos viajantes a resposta do enigma de viver e penetrar o reino da Eternidade, entretanto, nessa missão exclusiva, não sabem deixar passar quem vinha, porém que não soubessem responder na hora e na ponta da língua. Enquanto tal, ardem de dor os sentimentos, as almas e os santos, testemunhas do que houve na praça sob o véu sombrio da morte e das tragédias. Pedidos fervorosos de amor persistem na face da existência dos que andam pelas largas avenidas. Por que assim? A que, assim?
Ninguém de sã consciência dormiria naquela noite sem ouvir distantes gritos e os gemidos da sobrevivência no movimento dos corações. Espécie de penitência clamava união de todos em vigília e prece. No meio das pedras desse deserto como que de carne mãos pediam misericórdia a todos os céus e aos monumentos que vagam agressivos pelas cidades.