Desde sempre que buscam a luz nos elementos onde imperam pela vontade. Eles compõem o quadro no que se veem inseridos e em movimento ascendente. Apenas, pois, de usar os instrumentos que vibram ao seu dispor, nisso realizará o senso do perfeito possui na concepção em que moureja e sonha. Requer atitude positiva, ação efetiva de marcar sua presença face aos tantos valores da própria alma, fruto da lama com que foi criado.
O efeito dessa busca incessante, que é a vida verdadeira, resultará, lá um dia, no transcorrer das eras e providências, naquilo que de tanto resta descobrir e aceitar, a que os místicos denominam conversão, ou realização do Ser. Tão simples, de causar admiração, enquanto multidões percorrem os pomos do Universo e agarram só o imediato em detrimento da essência, e perdem as virtuosas chances da escolha acertada, isto no curto itinerário deste chão transitório.
Não sou eu quem vive; é o Cristo que vive em mim, assim resume Paulo de Tarso esse largo conceito, depois do caminho de Damasco. As religiões institucionais existem a fim de propagar essa perspectiva do valor principal, apesar dos quantos equívocos nas providências e ações de responsáveis que as administram. Contudo isto jamais justificará a fuga das oportunidades que oferecem os livros religiosos, verdadeiros compêndios de orientação aos que devem compreender o mistério das existências e o sentido que eles transmitem.
(Ilustração: Tintoretto, em Adoração dos pastores).