Bom, começamos de jeito atravessado, querendo tratar de cotidianos ao modo de restaurante de luxo, cardápio e fraque. Mas vamos baixar a bola e trazer o assunto à vala comum dos mortais. Falar de fé, da fé que Jesus, Rei da simplicidade, pega nas suas palavras; a Fé que transporta montanhas.
São muitas as versões do assunto. Desde os selvagens e suas admirações aos fenômenos da Natureza à fé raciocinada dos espíritas. Quantas buscas e tantas respostas, sendo aquelas, coletivas, e estas, individuais. Cada um por si e Deus por todos nós. Qual disse Rabindranath Tagore, poeta e místico indiano, a religião do homem é o próprio homem. As experiências dar-se-ão no íntimo, na alma dos indivíduos, que depois declaram e insistem, contudo algo por demais pessoal, original da criatura humana.
Orar, rezar, clamar, pedir ao Pai no secreto de Si mesmo, eis o segredo de todo enigma dos credos religiosos. Há que amar acima de tudo, até chegar ao Divino. Resistir às tentações da acomodação e crescer nos próprios pés, porquanto o coração só abre de dentro pra fora. Nem Deus obrigaria o homem a crer, porquanto lhe deu a liberdade qual dom individual.
Todos, segundo as crenças, viemos aqui no sentido de encontrar a Felicidade, a certeza do eterno, a Paz do coração. Sem isso, a estrada continua sempre lá depois das curvas e das estações. Brilhe vossa luz! Podemos até teimar em demorar a chegar, porém o objetivo é único e particular: Realizar a Perfeição de todos os motivos, e responde a todas indagações.