Aparentemente, Deodoro da Fonseca derrubou a monarquia mais por ressentimentos pessoais do que por convicções ideológicas. Pelo menos é isso que indica a correspondência que ele trocou um ano antes com o sobrinho Clodoaldo Fonseca, aluno da Escola Militar de Porto Alegre.
Integrante da chamada “mocidade militar” liderada por Benjamin Constant e ardoroso defensor da república, Clodoaldo escreveu uma carta ao tio em meados de 1888 na qual expressava suas ideias. Deodoro reagiu contrariado. “República no Brasil é coisa impossível porque será uma verdadeira desgraça”, respondeu o marechal. “Os brasileiros estão e estarão muito mal educados para republicanos. O único sustentáculo do nosso Brasil é a monarquia. Se mal com ela, pior sem ela”.
Em outra carta, pouco depois, o marechal recomendou ao sobrinho: “Não te metas em questões republicanas, porque República no Brasil e desgraça completa é a mesma coisa; os brasileiros nunca se prepararão para isso, porque sempre lhes faltarão educação e respeito”. Essas cartas demonstram que, até as vésperas do golpe contra o império, em Quinze de novembro de 1889, o fundador da República não era republicano.
Integrante da chamada “mocidade militar” liderada por Benjamin Constant e ardoroso defensor da república, Clodoaldo escreveu uma carta ao tio em meados de 1888 na qual expressava suas ideias. Deodoro reagiu contrariado. “República no Brasil é coisa impossível porque será uma verdadeira desgraça”, respondeu o marechal. “Os brasileiros estão e estarão muito mal educados para republicanos. O único sustentáculo do nosso Brasil é a monarquia. Se mal com ela, pior sem ela”.
Em outra carta, pouco depois, o marechal recomendou ao sobrinho: “Não te metas em questões republicanas, porque República no Brasil e desgraça completa é a mesma coisa; os brasileiros nunca se prepararão para isso, porque sempre lhes faltarão educação e respeito”. Essas cartas demonstram que, até as vésperas do golpe contra o império, em Quinze de novembro de 1889, o fundador da República não era republicano.
(*) Laurentino Gomes, é escritor e jornalista, autor da trilogia 1808, 1822 e 1889, sobre a História do Brasil no Século 19.