Completam
o quarteto de "invictos" Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e Luiz
Inácio Lula da Silva (2003-2010), com dois mandatos, e Eurico Gaspar
Dutra (1946-1951) e Juscelino Kubitschek (1956-1961). Os outros 20
presidentes escolhidos nas urnas em quase um século foram depostos por
golpes de Estado (João Goulart em 1964), renunciaram (Fernando Collor em
1992 e Jânio Quadros em 1961), se suicidaram (Getúlio Vargas em 1954),
eram vice-presidentes que substituíram o líder da chapa ou morreram
antes de assumir (Tancredo Neves em 1985).
A lista não inclui
os cinco militares que assumiram a presidência durante a ditadura que
governou o país entre 1964 e 1985. Em 126 anos de República, instaurada
após o golpe de Estado de 1889 que depôs e mandou para o exílio o
imperador Pedro II, o Brasil teve 36 presidentes, dos quais só um terço
(12) foi eleito democraticamente e completou seu mandato. Neste espaço
tivemos dois longos período ditatoriais (Getúlio Vargas, 15 anos e
Militar, 20 anos).
Em sua curta história, a democracia
brasileira foi desfigurada por 12 estados de sítio (suspensão das
garantias constitucionais), 17 atos institucionais (que permitem ao
governante da vez violar a Constituição), seis dissoluções forçadas do
Congresso e duas renúncias presidenciais. No mesmo período, quatro
líderes foram depostos, nove governos assumiram características
autoritárias, três decisões parlamentares impediram posses presidenciais
e várias rebeliões militares ameaçaram o poder civil.
Após a
renúncia de Collor em 1992, os brasileiros tiveram a oportunidade de
pronunciar-se em um referendo sobre o sistema de governo e o
presidencialismo obteve uma ampla vitória (66%) sobre a monarquia e o
parlamentarismo.
Deu no que deu...