O preço é salgado (R$ 100), mas o álbum “Crato 250 anos” editado pela Fundação Demócrito Rocha foi o melhor que se publicou – nos últimos tempos – sobre a Cidade de Frei Carlos Maria de Ferrara (não vi nenhuma menção a este nome na obra). Com excelente apresentação gráfica e produzido em papel couché, o livro contém fotos históricas (algumas verdadeiras raridades) e outras da atualidade. O texto é de fácil leitura. O álbum não trata especificamente “da história” – em sentido latu sensu – da Princesa do Cariri. Resulta num bom resgate–documentário, onde são realçadas algumas linhas da história construída ao longo de dois séculos e meio da existência de Crato. Uma grande homenagem à cidade e a alguns personagens que ajudaram a construir o vasto patrimônio (cultural, ético, religioso, da tradição popular e do pioneirismo, dentre outros) que marca o Crato.
Um excelente presente de Natal – O êxito de “Crato 250 anos” (concepção do jornalista Cliff Villar, edição geral de Ana Naddaf e projeto gráfico de Andréa Araújo) deve-se muito aos três cratenses de reconhecido valor, que são os curadores da obra: escritor José Flávio Vieira, professor Carlos Rafael Dias e jornalista Huberto Cabral. Parabéns ao trio. No mais, o álbum “Crato 250 anos” é obra que não pode faltar em nenhuma biblioteca de quem se interessa pelo destino desta Mui Nobre e Heráldica Cidade...
O álbum “Crato 250 anos” está à venda na panificadora P&C, localizada em frente à Universidade Regional do Cariri, instituição que – para variar – encerrou 2014 em meio a mais uma greve, sem concluir o ano letivo. Interessante que a atual greve não é feita por melhores salários (os professores da URCA ganham melhor do que o professorado das universidades federais). A desculpa de agora para parar as universidades públicas cearenses foi a exigências de mais professores efetivos.
Prefeitura omissa - Na relação dos que patrocinaram a edição do álbum “Crato 250 anos” não consta o nome da Prefeitura de Crato. Como foi dito no dia do lançamento da obra: se dependesse de ajuda financeira do governo municipal de Crato o livro não teria sido editado. Triste.
Perguntinha ingênua - Fim de 2014. Chegamos à metade da administração do atual prefeito de Crato. A população quer saber o nome de pelo menos 1 (uma) obra de vulto, construída nos últimos dois anos, com dinheiro exclusivo da Prefeitura de Crato. Fica o desafio. E o desencanto por tantas esperanças depositadas e todas frustradas. Mas a cidade continuará a crescer, mesmo sem a participação da sua municipalidade. O que tem um aspecto positivo: a constatação de que, em Crato, os governos federal e municipal não são solução. São problemas. Salvam-se,no entanto, as iniciativas do Governo estadual em benefício do progresso da cidade.

Em passos de tartaruga, prossegue a construção da Vila da Música, no bairro do Belmonte, em Crato.(foto da maquete ao lado). A construção é iniciativa do Governo do Estado do Ceará. Localizada naquele aprazível subúrbio de Crato, a Vila da Música visa dar melhores condições de funcionamento para a Sociedade Lírica do Belmonte (Solibel), que mantém escola para ensino de ensina música clássica e popular a filhos de agricultores no sopé da Chapada do Araripe.
Um grande benefício – As construções previstas para a Vila da Musica terão área total de 1.750m². Nelas funcionarão o auditório, biblioteca, salas de aula (de grupo e individuais), estúdio, setor administrativo, refeitório, cozinha, despensa, vestiários banheiros, laboratório de informática, oficina de instrumentos, quadra poliesportiva e estacionamento. Como se vê a semente plantada por monsenhor Ágio Moreira virou uma grande árvore que engrandece o Crato e o Cariri.
Sociedade de consumo – O Cariri Garden Shopping encerra o mês de dezembro com a expectativa de aumento de público em torno de 15%. Mais de um milhão de pessoas passaram pelos corredores do shopping juazeirense neste mês que está findando.
Pedido negado – A direção do Cariri Garden anda tão entusiasmada, ao ponto de enviar carta ao Bispo Diocesano de Crato, Dom Fernando Panico, pedindo que a missa do Padre Cícero (que é celebrada à tarde do dia 20, no interior da Capela do Socorro), fosse transferida para o estacionamento daquele shopping. Dom Fernando agradeceu o interesse, mas negou o pedido, lembrando que a Missa do Pe. Cícero – rezada no local onde este sacerdote foi sepultado – já é parte do patrimônio imaterial da nação romeira.
Santana do Cariri em alta – Acho oportuno reproduzir abaixo matéria de autoria do jornalista Plínio Bortolotti publicada no jornal “O Povo” de Fortaleza:
"Euroville: a Europa está em Santana do Cariri, Chapada do Araripe
Estilo inglês, italiano, francês, grego, o prédio de Gaudí e o jardim ao modo russo
A Europa está em Santanta do Cariri, mais precisamente em uma localidade chamada Araporanga, na Chapada do Araripe. Se não é toda a Europa, pelo menos um cadinho dela, reproduzida na fazenda de José Pereira, conhecido como Zé Pereira.
Cheguei a ele depois de uma conversa, em Juazeiro do Norte, com Romão França, radialista e conhecedor da região. Cheguei à casa de Zé Pereira acompanhado de Tarso Araújo, titular da coluna Cariri, do jornal O POVO.
No terreno encravado ao pé dos morros tão comuns na região da chapada se pode ver uma casa ao estilo inglês, uma em estilo italiano, uma réplica grega, uma ao modo francês, um prédio copiado do famoso arquiteto catalão Antoni Gaudí, um castelo fortificado português e uma ponte suíça que passar por um belo lago.
Na entrada um jardim copiado de um palácio russo, no começo um moinho de vento holandês, ao fundo uma torre Eiffel, de 32 metros de altura, no meio, um teatro ao ar livre, ao estilo grego.
Réplicas
Mas como surgiu a ideia de fazer as réplicas europeias? Quem conta é o próprio Zé Pereira, professor aposentado da Faculdade de Odontologia da UFC [Universidade Federal do Ceará], atual cuidador e construtor das obras que prosseguem.
De uma família de 12 irmãos, ele diz que o mais novo deles, Francimar, seguiu para estudar na Europa, em plena efervescência dos anos de 1960. Formou-se urbanista, trabalhou na Europa durante muito tempo e morava em Paris, mas sempre estava no Brasil.
Quando surgiu a ideia de construir uma casa para cada um dos irmãos nas terras da família, Francimar sugeriu que cada um deles – todos eles conheciam a Europa – escolhessem “cartões postais” do Velho Continente, que ele se encarregaria de reproduzi-las, fazendo as réplicas em escala.
Francimar acompanhou a construção das réplicas até a sua morte, há cerca de dois anos. Zé Pereira diz que ele era de um perfeccionismo extremo, e que escolheu a cor da cerâmica do prédio grego na UTI, recuperando-se de um infarto.
Com a morte de Francimar, Zé Pereira assumiu a responsabilidade de continuar a obra, que ele diz agora ser uma homenagem ao irmão. Durante a conversa ela fala da dificuldade de se conseguir material e de encontrar mão-de-obra que possa executá-lo. Ele diz que, ao procurar um pedreiro, este lhe disse: “Hôme, se for esse negócio de Gaudí nem me chame”.
Mas por que fazer réplica e nãos construções mais de acordo com as tradições do local? Ele diz que isso se pode ver normalmente na região, e que o “espaço temático” dá a oportunidade às pessoas de terem contato com uma estética diferente, “o que pode levar as pessoas a terem interesse por outras culturas”.
Hotel
Pergunto, então, se existe o plano de instalar um hotel, abrir um restaurante, etc. Ele diz que pensa em fazer isso.
Intelectual que discorre sobre arte e estilos arquitetônicos, pesquisador da história da região – brevemente vai lançar um livro romanceado contando a história de Santana do Cariri – Zé Pereira mantém a tradição dos sertanejos acolhedores e bons de prosa: ele fez questão que nos acompanhar à visita da cidade, e vai nos contando várias histórias, entusiasmando-se com cada coisa que nos mostrava, com cada pergunta que lhe fazíamos.
A propósito, Zé Pereira é irmão de Iranildo Pereira, ex-deputado federal, dele foi a ideia da casa grega".
Lavaram a égua - A “gerentona” Dilma (ô termo apropriado!), durante o
estelionato eleitoral feito nas últimas eleições, tinha um
slogan usado abusivamente:
"Governo novo, ideias novas". Pois sim! O pacotão anunciado, por Dilma, na última 3ª feira contendo os nomes dos novos ministros prova exatamente o contrário. O principal objetivo desse
troca-troca no Planalto foi apenas aplacar a sede de partidos aliados por espaço no primeiro escalão do governo e garantir apoio no Congresso para o novo governo, que, por sinal, começa muito fragilizado. A nova leva da “reforma ministerial” tem uma face visível: o fisiologismo. Como diria o cantor Luiz Gonzaga: os partidos da “base de sustentação” lavaram a égua.
No mais: O Brasil está tecnologicamente atrasado há pelo menos 50 anos, e Aldo Rebelo (PCdoB)foi nomeado ministro da Ciência e Tecnologia. Helder Barbalho perdeu a disputa no Pará e ganhou o Ministério da Pesca como prêmio de consolação. Gilberto Kassab no Ministério das Cidades é um presente ao ex-prefeito de São Paulo que não conseguiu se eleger senador. O novo ministro da Educação Cid Gomes, ficou famoso pela frase que disse quando era governador do Ceará: "Quem quer dar aula faz isso por gosto, e não pelo salário. Se quer ganhar melhor, pede demissão e vai para o ensino privado".
Quem é o novo ministro do Esporte do Brasil? É o Pastor licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, George Hilton, da cota do PRB
(foto à esquerda) anunciado na terça-feira pela presidente Dilma Rousseff.O novo ministro foi flagrado, em 2005, no Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, com R$ 600 mil em espécie (R$ 976 mil em valores atualizados). O dinheiro estava distribuído em 11 caixas de papelão. Ele era, na época, deputado estadual do PFL em Minas Gerais. Após ser surpreendido, a Polícia Federal o liberou. Levantamento do jornal “ Estado de Minas” aponta que George Hilton dobrou seu patrimônio desde que passou a informar à Justiça Eleitoral os valores de seus bens. Era de R$ 294 mil em 2006, quando obteve seu primeiro mandato de deputado federal. Em 2010, ele foi reeleito e afirmou ter R$ 472 mil. Este ano, quando também foi reeleito, o valor declarado foi de R$ 669 mil.