
Tábua Completa de Mortalidade 2013 divulgada pelo IBGE mostra que expectativa de vida chegou a 74,9 anos
TALITHA NERY DA EDITORIA DE CIDADES
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou ontem a lista com os novos dados da expectativa de vida de 2013. A estimativa que era de 74,6 anos em 2012, subiu para 74,9 no ano passado. No ano de 1980 as crianças nasciam com uma expectativa de 62,5 anos, o aumento nas últimas décadas foi de 12,4. O documento também apresentou os números referentes a cada capital brasileira.
O IBGE calculou os dados de pessoas de ambos os sexos com idades de 0 a 80 anos. Os números apresentados pela Tábua Completa de Mortalidade do Brasil servem para que o Ministério da Previdência Social tenha parâmetros para calcular as aposentadorias.
Nos últimos 33 anos os maiores ganhos foram com relação à redução da mortalidade infantil e na diminuição de mortes de idosos com mais de 70 anos. No ano de 1980 o número relacionado à taxa de mortalidade infantil era de 69,1, o último registro mostrou que hoje este número caiu para 15.
Brasil
O aumento de 12,4 na expectativa de vida do brasileiro nos últimos 33 anos é um reflexo direto das condições sociais oferecidas. A redução na taxa de mortalidade infantil pode ser consequência das melhorias na qualidade dos serviços de acompanhamento de gestantes e programas que auxiliam no sustento e saúde do recém-nascido.
Com relação aos dados referentes à redução da taxa de mortalidade de pessoas com 70 anos, que caiu de 47,5 por mil para 25,2 por mil, pode-se dizer que os avanços na medicina do idoso e políticas públicas voltadas para pessoas desta faixa de idade foram importantes para a mudança no cenário.
O documento apresentado ontem mostrou que o número de crianças que morrem antes de completar cinco anos de idade era de 84 por mil em 1980. Em 2013 este número caiu para 17,4, ou seja, uma redução de 66,6 nos últimos anos. A Paraíba era a capital que tinha o maior número de mortes nesta faixa etária. O número era de 155 e hoje caiu para 28,5.
Santa Catarina é a capital que apresenta os melhores resultados na Tábua Completa de Mortalidade. A expectativa de vida na região que em 1980 era de 66,6 subiu para 78,1 e é a maior de todo o País. Os números figuram os primeiros lugares da tabela quando separados por sexo. A estimativa é que os homens cheguem a 74,7 e as mulheres a 81,4.
A capital ocupa o último lugar na tabela quando o assunto é mortalidade infantil. Enquanto no Maranhão o número é de 24,7 por mil, em Santa Catarina é de 10,1 por mil. No ano de 1960 os números registrados na região federativa do Sul do País eram de 46,1, ou seja, houve uma redução de 36.
Os números referentes a probabilidade de uma criança não chegar aos cinco anos de idade também colocam Santa Catarina na última colocação. Enquanto no Maranhão os números são de 28,2 por mil, na capital sulista é de 11,8 por mil. Uma diferença de 16,4 se compararmos as duas.
Os números gerais do País mostram que a probabilidade de um jovem de 15 anos não chegar aos 25 anos tiveram uma redução de apenas 4,2. O número em 1980 era de 17,7 e em 2013 a redução registrada foi de 13,6. O Sergipe que em 1980 aparecia com um número de 18,2 apresentou um aumento e foi para o primeiro lugar da tabela em 2013 com um número de 24,2. Um número 11,3 maior do que o último colocado, Paraná, que tem 7,6.
Goiás
Em Goiás, a expectativa de vida para quem nasce é de 73,7. A Capital ocupa nesta última divulgação da Tábua o 11º lugar dos dados gerais de expectativa de vida para os brasileiros. A Capital aparece atrás de Santa Catarina (78,1), Distrito Federal (77,3), São Paulo (77,2), Espírito Santo (77,1), Rio Grande do Sul (76,9), Minas Gerais (76,4), Paraná (76,2), Rio de Janeiro (75,2), Rio Grande do Norte (75,0) e Mato Grosso do Sul (74,7). Em 1960 a expectativa geral da região era de 62,3, o aumento registrado foi de 11,4.
Com relação à expectativa de vida para homens e mulheres os números são, respectivamente, 70,6 e 77,0. Nos registros de 1960 estes números eram de 60,0 para pessoas do sexo masculino e 64,9 para mulheres. O aumento dos dados referentes aos homens foi de 10,6, enquanto para as mulheres foi de 12,1.
A Capital ocupa nesta última tabela do IBGE a 17ª colocação quando o assunto é taxa de mortalidade infantil. Goiás registrou uma redução de 31,1 em comparação a 1980. Em 2013 a taxa de mortalidade foi para 16,2, enquanto em 80 era de 47,3. O número da unidade federativa é 6,1 maior que o de Santa Catarina, capital com menor número.
Uma das maiores reduções registradas em Goiás é com relação à probabilidade de uma criança não completar cinco anos de idade. Em 1980, a Capital ocupava a 22ª colocação com um número de 60,2 por mil e em 2013 aparece na 16ª posição com um número de 18,8 por mil, ou seja, uma diminuição de 41,1.
Mulheres
A expectativa de vida para as mulheres no Brasil é maior do que a de homens. Enquanto em 1980 a idade média era de 65,7 por mil, em 2013 este número subiu para 78,3 por mil. Um aumento considerável de 12,9. Santa Catarina foi a capital que registrou o maior número para as mulheres, o dado é acima da média nacional e chega a 81,4 por mil.
A taxa de mortalidade infantil para pessoas do sexo feminino também registrou uma grande redução comparando 1980 com 2013. No primeiro o número era de 61,7 por mil, nos dados divulgados ontem pelo IBGE este número agora é de 13,7 por mil. Uma redução de 48.
Com relação à probabilidade de uma criança não atingir os cinco anos de idade, a redução registrada para pessoas do sexo feminino foi de 61,1. Em 1980 este número era de 76,9 por mil e em 2013 a média foi de 15,8 por mil. Os registros feitos com relação às mulheres são, em números, melhores do que os dos homens.
Homens
Enquanto a expectativa de vida para mulheres atinge 78,6, a dos homens é de 71,3. Em 1980 este número para os homens era de 59,6. Um acréscimo na idade de 11,7. Apesar da diferença entre as expectativas em 2013, a diferença entre os acréscimos de ambos os sexos é de apenas 1,2.
Santa Catarina também é a região que apresenta a maior expectativa de vida para homens. O registro no ano de 2013 foi de 74,7, enquanto em 1980 a capital ocupava o 2º lugar da tabela com uma expectativa de 63,8. Naquele ano o primeiro lugar da tabela era ocupado pelo Rio Grande do Sul, tanto nos sexos feminino quanto no masculino.
Com relação à probabilidade de uma criança não atingir os cinco anos de idade, os números referentes aos homens é de 18,9 por mil, um número 71,9 menor que o registrado em 1980, que era de 90,8.
Os dados com menores reduções foram referentes a probabilidade de um jovem de 15 não atingir os 25 anos. Em 1980 este número era de 23,3 por mil, em 2013 foi de 21,5. A redução para o sexo masculino foi de 1,8, enquanto para as mulheres chegou a 7,0. Esta pequena queda pode estar relacionada com o fato de homens nesta faixa etária se envolverem mais em acidentes de trânsito e violências em geral.
DIÁRIO DA MANHÃ