22 outubro 2014
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Hackers invadem iCloud e roubam dados de usuários
Aplicativo usa câmera do celular para resolver equações matemáticas
O aplicativo escaneia a foto de uma equação num livro e mostra o resultado instantaneamente FolhaPress, em Tribuna do Norte Texto 0 Comentários Imagem ilustrtiva SÃO PAULO, SP - Um aplicativo lançado nesta semana pela empresa europeia MicroBlink permite usar a câmera do celular para resolver equações matemáticas e demonstrar passo a passo como fazê-lo. Disponível para iOS e Windows Phone, o PhotoMath é descrito como uma "câmera-calculadora inteligente", que escaneia a foto de uma equação num livro e mostra o resultado instantaneamente. O app também mostra as instruções de como resolvê-la, para aqueles que não querem apenas terminar a lição de casa mais rápido, mas entender a lógica por trás das operações. O PhotoMath não entende manuscritos e só suporta um número limitado de operações por enquanto. Deve ficar mais complexo no futuro, a empresa diz no site do app. Há dois anos, a MicroBlink desenvolve softwares de reconhecimento de texto. A start-up, que licencia esse tipo de tecnologia, tem também em seu portfólio um leitor de códigos de barra e uma solução para pagar contas pelo celular.
Tribuna do Norte (TNOnline)
Chuva de meteoros do Cometa Halley poderá ser vista até novembro
Parlamento do Canadá é atacado por homem armado; soldado é morto nas proximidades
OTTAWA (Reuters) - Um homem armado atacou o Parlamento do Canadá nesta quarta-feira, tiros irromperam perto da sala onde o primeiro-ministro canadense, Stephen Harper, fazia uma reunião de trabalho e um soldado foi alvejado e morto em um monumento de guerra próximo do local.
Menina de 8 anos passa 5,6 mil trotes para a PM em 140 dias
Uma menina de apenas oito anos de idade é apontada pela Polícia Militar (PM) de Botucatu, no interior de São Paulo, como autora de 5.657 trotes passados para o serviço de emergência do telefone 190 da PM entre maio e outubro deste ano. A garotinha foi surpreendida por PMs na tarde da última de terça-feira quando passava mais um trote pelo celular, na Praça da Juventude, no bairro Cohab 1, na periferia da cidade.
Chamados pelos atendentes, que acionaram uma equipe de rua ao receber mais um trote pelo mesmo celular que era monitorado devido a tantas ligações, os PM se surpreenderam. “Quando eles chegaram ao local quase não acreditaram que era uma criança que estava passando o trote e ficaram mais surpresos ainda quando constataram que o número do celular era o mesmo que estava sendo monitorado e tinha passado mais de 5,6 mil ligações em poucos meses”, contou o capitão Marcelo Ricardo Silva, do 12° Batalhão da Polícia Militar do Interior (BPMI).
A menina usava o celular para se comunicar com a avó quando ia à escola, que fica próxima à praça, e de lá fazia as ligações para o 190. Segundo a PM, entre 28 de maio e 14 de outubro, a menina realizou 5.657 trotes para o telefone 190 da Central de Operações da Polícia Militar (Copom). Segundo a PM, o serviço de atendimento pelo 190 recebe em torno de 400 a 500 ligações por dia, sendo que 20% do total - de 80 a 100 telefonemas - são trotes. Somente a garotinha fez em 140 dias, 5.657 ligações, ou seja, 40 trotes por dia.
Passada a surpresa, os PMs acionaram a direção da escola e avó da menina, que foi levada junto com a menor para a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). As duas foram liberadas após o registro da ocorrência. Apesar disso, os responsáveis pela criança não serão punidos porque, segundo as autoridades, não houve comunicação falsa de crime, previsto no artigo 340 do Código Penal, punido com até seis meses de detenção ou multa.
“Ela (criança) não tinha ideia, apenas ligada para a central para brincar; dava muitas risadas, mas nunca concluía a ligação pedindo viatura ou comunicando um crime. Por isso, não houve nenhum comunicado de crime, nem pedido de viaturas”, explicou o capitão Marcelo Silva. “Em nenhum momento comunicação falsa chegou a se completar, pois os atendentes também percebiam que se tratava de trote feito por criança”, contou. No entanto, segundo Silva, “ao atender a criança, os telefonistas da PM podem ter perdido tempo com uma ligação falsa enquanto alguém que realmente necessitava do serviço não conseguia falar no 190, atrasando o atendimento da ocorrência”, comentou.
Terra
Ebola: Cruz Vermelha recolhe mais de 100 corpos por dia em Serra Leoa
Remover corpos de vítimas do ebola é um trabalho meticuloso em que qualquer deslize por colocar o funcionário em risco
A Cruz Vermelha, que está tentando combater o ebola em Serra Leoa, afirmou nesta quarta-feira que a escala da epidemia é tão alarmante que funcionários da organização estão retirando mais de 100 corpos por dia.
O chefe das operações ligadas ao vírus no país, Steve McAndrew, disse à BBC que a retirada dos corpos ocorre em todo o país, mas a maioria é na capital, Freetown.
"Diariamente, há de 75 a 100 corpos que precisam ser retirados em Freetown, e no restante do país são entre 20 e 50 corpos", disse.
"É um desafio absurdo porque esse trabalho precisa ser impecável. Você não pode cometer nenhum erro. Então, temos de ser extremamente disciplinados. Você não pode colocar a luva da maneira errada, você não pode ter uma rachadura, nem que seja minúscula, nos seus óculos de proteção. Qualquer deslize coloca nossas equipes em risco."
Ao menos 4.877 pessoas morreram nesse surto de ebola, sendo que a maioria dos mortos eram da Guiné, da Libéria ou de Serra Leoa.
Médicos cubanos
Ainda nesta quarta-feira, o governo cubano enviou um segundo grupo de profissionais da saúde para o oeste da África para combater o ebola.
Segundo Havana, 83 médicos e enfermeiros vão trabalhar na Libéria e na Guiné. Dezenas de outros cubanos chegaram a Serra Leoa há algumas semanas.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), Cuba é agora o país que mais enviou profissionais de saúde ao oeste da África para lidar com a epidemia – mais que nações ricas e que o Comitê Internacional da Cruz Vermelha.
Em outro desdobramento, uma comissão de emergência da OMS está reunida pela terceira vez para discutir a epidemia.
O encontro, em Genebra, tem como objetivo analisar as medidas que vêm sendo tomadas nas fronteiras entre países afetados, bem como se devem ou não ser colocadas em práticas restrições de viagens para passageiros vindos dessas nações.
Críticos afirmam que a OMS foi lenta em sua reação para combater a doença
Fonte: http://www.bbc.co.uk/
Ebola tem expansão mais lenta em comparação a outras doenças
Cada paciente infecta, em média, outras duas pessoas, segundo a OMS. Risco de epidemia se alastrar no Brasil é 'quase zero', dizem especialistas.
Desde o início do ano, a pior epidemia de ebola da história já infectou 9.216 pessoas, das quais 4.555 morreram, segundo dados oficiais. A transmissão é intensa em três países da África Ocidental: Libéria, Guiné e Serra Leoa. A velocidade de expansão da doença, porém, é mais lenta se comparada à de doenças transmitidas de outras formas.
“No ebola, não é o número de casos em si que assusta”, diz o médico Luiz Fernando Aranha Camargo, da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). Para efeito de comparação, ele cita o exemplo da malária, transmitida pela picada do mosquito Anopheles. A doença infectou 207 milhões de pessoas em 2012, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), matando cerca de 627 mil pacientes, principalmente na África Subsaariana.
Ele cita também a pandemia de H1N1, que se transmite pelo ar. Entre meados de 2009 e de 2010, houve 284,5 mil mortes pela doença, de acordo com estimativas de um estudo publicado na revista científica “The Lancet Infectious Diseases”.
A expansão mais “lenta” do ebola deve-se ao fato de a contaminação só ser possível pelo contato direto com fluidos corporais dos pacientes infectados, e não pelo ar ou por picadas de mosquito. Nos países onde há transmissão intensa de ebola, cada paciente infecta, em média, outras duas pessoas, de acordo com estimativas da OMS.
Em doenças como a rubéola ou a catapora, caso não haja nenhuma medida de proteção como vacinas ou isolamento, cada paciente pode infectar de 8 a 16 outras pessoas. (Veja, no infográfico ao lado, como o ebola se espalha, em comparação com essas duas outras doenças.)
“Em doenças transmitidas por vetor, como a malária, esse índice pode ser maior do que 100”, acrescenta o infectologista Marcelo Nascimento Burattini, professor da Faculdade de Medicina da USP e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Particularidade desta epidemia
“O problema do ebola, que levou a toda essa repercussão, é, em primeiro lugar, a mortalidade alta. Em segundo lugar, a ausência de tratamento específico. Em terceiro lugar, a grande dificuldade de controle no lugar em que está ocorrendo”, observa Camargo.
Segundo o especialista, a epidemia pode ter sido subestimada no início porque epidemias anteriores eram contidas com certa rapidez e houve uma confiança de que esse padrão se repetiria. “O que aconteceu diferente é que foi em uma região densamente povoada. No passado, aconteceu em lugares mais isolados. A concentração relativamente alta em uma tríplice fronteira, onde a movimentação é muito frequente, dificultou a contenção da doença.”
Preparo do Brasil
De acordo com especialistas, o risco de haver uma epidemia de ebola no Brasil é “quase zero”. Enquanto sempre há risco de que pessoas vindas de países onde há transmissão intensa venham a manifestar os sintomas da doença no Brasil, a resposta do país a essa situação provavelmente seria capaz de conter a expansão do vírus.
As medidas tomadas pelo governo diante de um caso suspeito, identificado este mês em Cascavel, no Paraná, foram consideradas adequadas pelos infectologistas.
"A gestão do caso foi muito bem feita. Funcionou muito bem, a suspeita foi identificada, o paciente foi transferido para o Rio de Janeiro e o resultado saiu rápido”, diz Camargo. Ele acrescenta que, agora, é preciso discutir detalhes mais minuciosos, como a criação de um protocolo nacional de como os profissionais devem retirar os equipamentos de proteção e o que fazer com esse material depois do uso.
“É preciso colocar a epidemia no lugar certo e diminuir o alarde da população. Não se transmite ebola pelo ar, ninguém vai pegar andando na rua. Depende de um contato íntimo com o doente e os doentes estão concentrados em uma região específica”, diz Camargo.
Transmissão
O ebola é uma doença infecciosa grave provocada por um vírus. Os sintomas iniciais são febre de início repentino, fraqueza intensa, dores musculares, dor de cabeça e dor de garganta. Depois vêm vômitos, diarreia e sangramentos internos e externos. Ela é transmitida pelo contato direto com os fluidos corporais da pessoa infectada: sangue, suor, saliva, lágrimas, urina, fezes, vômito, muco e sêmen. Não há risco de contaminação pelo ar.
Quem tiver voltado de um dos países da África afetados pela epidemia - Libéria, Guiné ou Serra Leoa - e apresentar febre ou algum dos outros sintomas, deve procurar uma unidade de saúde e informar a equipe sobre a viagem. Dúvidas sobre a doença podem ser tiradas com o Disque Saúde, do Ministério da Saúde, no número 136.
Números da epidemia
Desde março, foram registrados casos de ebola em sete países. Dois desses países, Nigéria e Senegal, já estão livres da doença. Veja, abaixo, detalhes dos locais com casos de ebola:
Guiné: Foram 1.519 casos - entre confirmados, prováveis e suspeitos - e 862 mortes provocadas pelo ebola.
Libéria: Foram 4.262 casos - entre confirmados, prováveis e suspeitos - dos quais 2.484 levaram a mortes.
Serra Leoa: Foram 3.410 casos - entre confirmados, provaveis e suspeitos - e 1.200 mortes pela doença.
Espanha: Houve um caso da doença e a paciente se recuperou.
Estados Unidos: Foram três casos diagnosticados no país: um paciente morreu e duas permanecem internadas.
Nigéria: Foram 20 casos de ebola - entre confirmados e prováveis - que levaram a 8 mortes. O país já está livre da doença.
Senegal: Houve apenas um caso da doença e o paciente se recuperou. O país já está livre da doença.
Mariana LenharoDo G1, em São Paulo
Justiça libera acesso da CNV a documentos de coronel vinculado à repressão
A Justiça Federal determinou a suspensão da liminar que impedia o acesso da Comissão Nacional da Verdade (CNV) à folha de alterações do coronel reformado do Exército Cyro Guedes Etchegoyen. O militar integrou o Centro de Informações do Exército e, segundo depoimento do coronel Paulo Malhães, comandou a implementação da chamada Casa da Morte, um centro de tortura clandestino em Petrópolis, no Rio de Janeiro.
A decisão foi tomada pela desembargadora federal Vera Lúcia Lima, da Oitava Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (Rio de Janeiro), que aceitou recurso da Advocacia-Geral da União e determinou a suspensão dos efeitos da liminar obtida pela viúva do coronel, Mary Alves da Cunha Etchegoyen.
Em agosto, Mary entrou com ação ordinária, com pedido de liminar, na 12ª Vara Federal do Rio de Janeiro, para que os documentos não fossem entregues à CNV. Na ação, a viúva alega intenção de “preservar a memória do marido, seu direito personalíssimo à imagem, honra e dignidade”. O pedido foi concedido pelo juízo de primeira instância.
Ao recorrer da decisão, a CNV alegou que a lei que a criou lhe dá o poder de “requisitar informações, dados e documentos de órgãos e entidades do poder público, ainda que classificados em qualquer grau de sigilo”. A comissão alegou ainda que as informações são de natureza administrativa (não pessoal) e que a CNV e o Ministério da Defesa acordaram “um rigoroso procedimento de acesso às folhas de alterações, garantindo que os dados extremamente pessoais não fossem disponibilizados”.
As folhas de alterações são documentos de responsabilidade da organização militar, destinados ao registro semestral das alterações relativas aos militares da ativa, como mudança de posto, promoções, recebimento de diárias para deslocamento, publicadas nos boletins internos das forças em que atuaram os militares.
Antes de conceder o efeito suspensivo, a desembargadora Vera Lúcia pediu parecer do Ministério Público Federal. O procurador Aluísio Firmo Guimarães da Silva, da Procuradoria Regional da República da 2ª Região, em detalhado parecer, emitido no último dia 14, afirma que a “gravidade dos fatos apurados pela CNV justifica os poderes a ela conferidos, inclusive, documentos sigilosos”.
Em março deste ano, o coronel reformado do Exército Paulo Malhães afirmou que o coronel Etchegoyen foi chefe da Casa da Morte de Petropólis e que usava o codinome de Doutor Bruno. Malhães foi encontrado morto no dia 25 de abril em sua casa, em Nova Iguaçu (RJ). Segundo a polícia, ele foi asfixiado.
Editor Nádia Franco