17 agosto 2014
Notícias do Crato (Armando Lopes Rafael)
Saudades...Eduardo Campos e o Crato
Parecia até uma premonição de uma despedida... Neste ano, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos veio 3 (três) vezes a Crato. Em todas as oportunidades esteve na casa de sua tia-avó, dona Almina Arraes de Alencar. A última vez que Eduardo Campos esteve em Crato foi no dia 1º de agosto, data em que dona Almina comemorou seus 90 anos de idade. Desta vez Eduardo veio com a esposa Renata e os cinco filhos (João, Pedro, José, Maria Eduarda, e Miguel) e trouxe ainda a viúva do ex-governador Miguel Arraes, dona Madalena. Abaixo fotos tiradas na casa de dona Almina.
Na sala de visita da residência de dona Benigna (Mãe do ex-governador Miguel Arraes) e onde reside dona Almina
Foto tirada no terraço da casa
A casa simples, bonita e hospitaleira de dona Benigna Arraes
Dona Almira Arraes com o sobrinho Eduardo Campos
Circulando novo número de “A Província”
Herança de Eduardo
A frase pronunciada por Eduardo Campos na última entrevista que concedeu (ao Jornal Nacional, da Rede Globo): "não vamos desistir do Brasil" será lema do PSB na campanha eleitoral deste 2014. O novo presidente Nacional do PSB, Roberto Amaral, disse que pretende transformar a frase em lema do partido. Na próxima terça-feira, quando começa o horário eleitoral gratuito em rádio e TV, os dois minutos e três segundos que a coligação terá para apresentar o seu primeiro programa será utilizado para fazer uma homenagem ao candidato morto na última quarta-feira. Abaixo, as capas das revistas semanais que começaram a circular ontem.
Depois do lançamento do livro-biografia sobre a Serva de Deus, Benigna Cardoso da Silva (“Benigna: um lírio no sertão cearense”),
escrito por Armando Lopes Rafael, João Paulo Cabral, Plácido Cidade
Nuvens, Sandro Cidrão e Ypisilon Rodrigues Felix, uma nova obra sobre
menina-mártir de Santana do Cariri está disponível para os interessados.
Trata-se do novo livro de Sandro Cidrão, com o título “Resgatando uma história de fé: Benigna”.
Enquanto isso, a população católica do sul do Ceará aguarda novidades
sobre o processo de beatificação da menina Benigna, ora em estudo no
Vaticano.
Circulando novo número de “A Província”
Agora
em forma de revista (no tamanho da VEJA) já está nas bancas o nº 32 de
“A Província”. Com fotos em cores, boa diagramação, esta edição traz
importantes e interessantes matérias. Dentre elas: “O casarão do sítio
Bebida Nova” (de Ed Alencar); Madre Feitosa recebe título de Doutora
Honoris Causa, da Universidade Regional do Cariri; Denizard Macêdo, um
cratense ilustre (de Armando Lopes Rafael); O Beato Zé Lourenço e a
Fazenda Serra Verde (de Claude Bloc Boris); Crato tem mais de 250 anos
(de Heitor Feitosa Macedo); A Guerra de Juazeiro contra Crato em 1914
(de Jurandy Temóteo). Vale a pena conferir toda a revista.
Homenagem merecida
Justiça
seja feita! O vereador Amadeu de Freitas vem realizando um ótimo
mandato na atual legislatura da Câmara Municipal de Crato. Foi dele a
iniciativa de apresentar, nesta semana, um requerimento – prontamente
aprovado por seus pares – para a realização de uma sessão especial, pela
Câmara de Vereadores, em homenagem à Diocese de Crato, motivada pelo
centenário de criação da mais importante instituição religiosa do sul
Ceará.
Amadeu
mantém a seriedade no exercício do seu mandato. Sua iniciativa em
homenagear a Diocese de Crato servirá como um ato de reparação da quase
ilegalidade cometida por alguns vereadores, no início da atual
legislatura. Continua presente na lembrança da população a simulação
feita por alguns representantes do povo cratense, facilitando os
tramites para doação de um terreno – localizado no bairro do Seminário e
pertencente à Diocese de Crato desde 1998 – que seria destinado à
construção de um supermercado particular. A Diocese recorreu à Justiça e
o quiproquó continua, até hoje, sub judice. A coisa foi tão
despropositada, que os moradores do bairro do Seminário, revoltados,
desceram em passeata ao centro da cidade para protestar contra a
cortesia feita pelos vereadores com o chapéu alheio. O episódio ensinou
que um terreno legalmente registrado em cartório, como pertencente à
Diocese de Crato, não poderia ser doado. Nem pela Prefeitura, nem pela
Câmara de Vereadores.
Transmissão televisiva ao vivo será feita a partir de Crato
A
cerimônia de coroação da imagem-histórica de Nossa Senhora da Penha,
Rainha e Padroeira de Crato, que será feita pelo cardeal Dom João Braz
de Aviz, enviado do Papa Francisco, será televisionada ao vivo pela TV
Diário, de Fortaleza, pertencente ao Sistema Verdes Mares de
Comunicação. O evento ocorrerá no final da tarde no próximo dia 1º de
setembro, e contará com a presença de todos os bispos do Ceará e de
outros prelados da Região Nordeste, especialmente convidados pela
Diocese de Crato para a cerimônia. O cardeal João Braz de Aviz, atual
Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as
Sociedades de Vida Apostólica, chegará a Crato na tarde do próximo dia
31 de agosto e retornará diretamente para Roma – via Recife – no dia 3
de setembro.
Caderno especial do Diário do Nordeste
Mas
a parceria entre o Sistema Verdes Mares de Comunicação e a Diocese de
Crato não ficará somente na transmissão da TV Diário. No encerramento
das comemorações do Jubileu do Centenário da Diocese de Crato – no dia
19 de outubro – o jornal “Diário do Nordeste” vai circular com um
caderno especial dedicado aos cem anos de existência da Diocese de
Crato. Serão 30 mil exemplares que circularão em todo o território
cearense.
Mas antes disso
No
próximo dia 22 de agosto, acontecerá a abertura da festa de Nossa
Senhora da Penha, Padroeira de Crato. Na abertura do novenário deste ano
haverá a tradicional carreata, saindo do estádio Mirandão, conduzindo a
imagem histórica da Virgem da Penha, que percorrerá as ruas centrais da
cidade. Além da presença do padre Reginaldo Manzotti, ao término da
carreata serão entregues, pelo bispo diocesano Dom Fernando Panico – no
átrio da Catedral – 13 réplicas desta imagem-histórica, destinadas as 8
paróquias de Crato, às 3 Regiões Pastorais (localizadas no bairro Alto
da Penha e nos distritos de Santa Fé e Dom Quintino) além de uma estátua
que ficará no Seminário São José e outra no Santuário Eucarístico
Diocesano. No total foram confeccionadas 60 réplicas – em resina e fibra
de vidro – da imagem da Padroeira de Crato, as quais foram distribuídas
entre as 55 paróquias que formam a nossa diocese.
Memórias do futuro - Por: Emerson Monteiro
Nas dimensões do mistério também habita a dor, vezes em proporções que assustam a gente, revira escombros do passado, deslizam no presente e, sem pedir, invadem os impossíveis do futuro das possibilidades. Qual dissera Saint Exupéry de quando o mistério é muito impressionante, não se ousa desobedecer. Dizemos isto a propósito da brusca notícia do desaparecimento de Eduardo Campos, político do Partido Socialista Brasileiro em disputar das próximas eleições à Presidência da República.
Tão sob os fachos eletrônicos da sequiosa mídia nacional, personagem próximo do poder, esse líder simplesmente impactou as emoções feito vazio inesperado que ainda agora, cinco dias depois, pesa no ar espécie de estarrecimento das razões dos acontecimentos inesperados.
Quiséssemos considerar transformações que a presença dele viesse trazer às hostes públicas do País, mesmo que com toda intensidade das esperanças de melhora no seio da população, isso jamais passara de meras cogitações, algo semelhante à proximidade permitida e não realizada de Tancredo Neves, nos anos 80, que abriu motivos de novos dias, porém sugado ao invisível de uma hora a outra, imagem diluída no transe de poucos quadros da fita do tempo.
Sem as grandes alimentações dos endeusamentos descabidos, Eduardo Campos representou algo de próspero nas ficções da mudança no estado de coisas do presente, contudo feito mistério indecifrável mediante a surpresa de um acidente aéreo na cidade de Santos, no litoral paulista.
Dadas razões partidárias, eu estivera com ele por quatro vezes, a idealizar, no seu projeto jovem cheio de vontade que trazia consigo a vocação que só cumprir rapidamente. Administrara o estado de Pernambuco por duas vezes, com avaliações positivas. De 49 anos de idade, neto de Miguel Arraes, prócer de feitos largos no cenário pernambucano, formava dupla com Marina Silva no difícil cenário da campanha do corrente ano, em terceiro lugar nas pesquisas. Avaliamos, no entanto, as perspectivas do porvir, a compor os quadros sucessórios com boa margem de chances lá depois.
Qual quando as cortinas do teatro da história sacodem e fecham a visão das cenas, desse modo capítulo humano tranca os olhos ao que viesse de ocorrer no que tange ao desempenho da vida que se foi na reticência das horas.
Tão sob os fachos eletrônicos da sequiosa mídia nacional, personagem próximo do poder, esse líder simplesmente impactou as emoções feito vazio inesperado que ainda agora, cinco dias depois, pesa no ar espécie de estarrecimento das razões dos acontecimentos inesperados.
Quiséssemos considerar transformações que a presença dele viesse trazer às hostes públicas do País, mesmo que com toda intensidade das esperanças de melhora no seio da população, isso jamais passara de meras cogitações, algo semelhante à proximidade permitida e não realizada de Tancredo Neves, nos anos 80, que abriu motivos de novos dias, porém sugado ao invisível de uma hora a outra, imagem diluída no transe de poucos quadros da fita do tempo.
Sem as grandes alimentações dos endeusamentos descabidos, Eduardo Campos representou algo de próspero nas ficções da mudança no estado de coisas do presente, contudo feito mistério indecifrável mediante a surpresa de um acidente aéreo na cidade de Santos, no litoral paulista.
Dadas razões partidárias, eu estivera com ele por quatro vezes, a idealizar, no seu projeto jovem cheio de vontade que trazia consigo a vocação que só cumprir rapidamente. Administrara o estado de Pernambuco por duas vezes, com avaliações positivas. De 49 anos de idade, neto de Miguel Arraes, prócer de feitos largos no cenário pernambucano, formava dupla com Marina Silva no difícil cenário da campanha do corrente ano, em terceiro lugar nas pesquisas. Avaliamos, no entanto, as perspectivas do porvir, a compor os quadros sucessórios com boa margem de chances lá depois.
Qual quando as cortinas do teatro da história sacodem e fecham a visão das cenas, desse modo capítulo humano tranca os olhos ao que viesse de ocorrer no que tange ao desempenho da vida que se foi na reticência das horas.
Chegada do corpo de Eduardo Campos causa comoção à multidão reunida em Recife
(Site: Terra e Agência Reuters)
Os restos mortais de Eduardo Campos e de seus assessores que morreram em um acidente aéreo na última quarta-feira (13) já estão em frente ao Palácio dos Campos da Princesa, na capital pernambucana. O caixão do ex-governador de Pernambuco está coberto com a bandeira do Estado e desceu do avião carregado por Paulo Câmara (candidato ao governo estadual e apoiado por Campos), Raul Henry (deputado federal e candidato a vice), Fernando Bezerra Coelho (candidato ao Senado), João Lyra (governador de Pernambuco) e Geraldo Júlio (prefeito do Recife). Ainda no aeroporto, dois filhos de Eduardo Campos passaram a carregar o caixão.
A viúva Renata Campos e seus filhos vestem camisa amarela que estampa a frase "Não vamos desistir do Brasil", proferida pelo ex-governador em uma entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, um dia antes de sua morte. O Governo de Pernambuco calcula que mais de 100 mil pessoas participarão da missa pela alma de Eduardo Campos, que será celebrada logo mais às 10h00min h, pelo arcebispo de Recife e dezenas de bispos nordestinos.
Marina Silva está ao lado da família de Eduardo, no Palácio do Governo
O cortejo que levou os restos mortais de Eduardo Campos e de dois de seus assessores durou cerca de duas horas, percorrendo onze bairros do Recife. Os três filhos mais velhos do ex-governador, Maria Eduarda, João e Pedro, percorreram todo o trajeto no topo do caminhão do corpo de bombeiros, ao lado do caixão do pai.
Ao longo do caminho, moradores se dirigiam à rua, alguns com velas, ou bandeiras do Brasil e do Estado de Pernambuco. Em alguns locais, os caminhões foram recebidos com aplausos.
A população nos arredores da sede do governo entoou gritos de clamor como "Eduardo, guerreiro do povo brasileiro". Também foram cantados o hino nacional e de Pernambuco e tradicional música do Estado, "Madeirinha do Rosário", que foi mote da campanha de Campos ao governo do Estado depois que Ariano Suassuna, morto no fim de julho, cantou-a na propaganda de campanha.
Ao longo do caminho, moradores se dirigiam à rua, alguns com velas, ou bandeiras do Brasil e do Estado de Pernambuco. Em alguns locais, os caminhões foram recebidos com aplausos.
A população nos arredores da sede do governo entoou gritos de clamor como "Eduardo, guerreiro do povo brasileiro". Também foram cantados o hino nacional e de Pernambuco e tradicional música do Estado, "Madeirinha do Rosário", que foi mote da campanha de Campos ao governo do Estado depois que Ariano Suassuna, morto no fim de julho, cantou-a na propaganda de campanha.
A viúva Renata, com o filho Miguel, de sete meses de idade
OPINIÃO DO LEITOR
Com a prematura morte de Eduardo Campos, o Brasil perdeu de fato um político novo, coisa rara nesta nada exemplar história republicana. Eduardo Campos apresentou ao público, ainda que depois de morto, duas faces importantes para qualquer estadista: ter idade e saúde para governar não quatro, mas até dez ou mais anos, se necessário. Mas muito mais importante do que isso: foi o mostrado pela sua família. A base de um estadista é sua família, pois é na família que o caráter de uma pessoa é forjado. Educação se obtém no lar ou não se obtém mais, ainda que encha a parede de diplomas. Escola não é feita para educar, é feita para informar. Caráter não é questão de "informação", é questão de educação. O Brasil de fato perdeu um estadista, qualidade que hoje passa a léguas de distâncias do grosso político. Que ele seja exemplo para os próximos políticos, pois, sem educação no lar, não se vai adquirir caráter em escola alguma.
Ariovaldo Batista
e-mail: arioba06@hotmail.com
Crônica do domingo -- Por: Armando Lopes Rafael
Nomes que as praças e ruas de Crato não têm
De um modo geral, os legisladores brasileiros (leia-se os vereadores)
não têm sensibilidade para a manter a tradição popular de denominação
das nossas ruas. Aliás, nem só os vereadores. Brasília, a capital da
República – que não tem vereadores –, foi pioneira na triste inovação de
denominar suas ruas, avenidas e vias com letras e números. Lá é comum
esse tipo de pergunta e resposta:
–Onde você mora?
– Na SQN 150, Setor “B”, bloco Z, apartamento nº 148...
Mas o que eu queria falar mesmo é sobre os nomes das ruas e praças de
Crato. Aqui, qualquer morador, desta cidade, sabe onde fica a Praça de
Cristo Rei, a Praça de São Vicente, a Ladeira do Seminário, a Rua do
Gesso ou o Beco de Padre Lauro... Na verdade nenhum desses logradouros
públicos é assim oficialmente denominado. Nos projetos aprovados pelos
vereadores, essas vias e praças possuem nomes oficiais completamente
diferentes dos usados pela população.
Pois o povo teima em não seguir a denominação imposta pelos vereadores,
que são eleitos para uma legislatura de apenas um quatriênio, numa
cidade que já completou 250 anos de existência. Diz o imaginário popular
desta Mui nobre e Heráldica Cidade de Frei Carlos que “A única coisa que os vereadores de Crato fazem é ficar mudando o nome das nossas ruas”.
Exageros à parte, a verdade é que, do outro lado da vida desta cidade, o
povo vem resistindo às essas mudanças impostas pelos vereadores. E isso
é bom.
A farra
de mudanças nos nomes das nossas ruas é totalmente descartada pela
população! E, de quebra, empresas e órgãos como Coelce, Saaec, Correios,
IBGE, Sefaz, Cartórios, dentre outras, também aderem ao boicote do
povo. Cito um único exemplo: a Rua Desembargador Edimilson da Cruz Neves
(nome mudado pela Câmara de Vereadores para a Rua Presidente Kennedy)
nunca pegou.
As
contas de energia, da água, do telefone, o boleto do imposto predial e
as cartas entregues pelos correios as pessoas lá residentes continuam
sendo enviadas para a Rua Presidente Kennedy. E a vida continua a
mesma...
A propósito da farra de mudança de nomes das ruas – por iniciativa dos vereadores – uma reação a essa anomalia foi feita na cidade de Independência,
localizada no Sertão dos Inhamuns, no Ceará. Lá foi aprovado um projeto
de lei, dispondo sobre a mudança de nomes de ruas, praças, monumentos,
obras e edificações públicas daquela cidade. Essa lei exige – para
qualquer mudança na denominação de ruas e praças – um pedido antecipado,
contendo lista com assinaturas de pelo menos cinco por cento do
eleitorado do município. Idêntica providência deveria ser adotada na
Câmara Municipal de Crato...
Francisco Huberto Esmeraldo Cabral –– por Renato Casimiro

Não há nisto um sinal saudosista porque não enxergamos hoje o pouco de renovação que tivemos em alguns quadros, coisa ainda muito tímida para o que se faz necessário, diante desta arrancada que experimentamos e que não mais deve nos permitir o sentimento miúdo de bairrismo. Você, Huberto, sabe perfeitamente que viveram em Crato figuras notáveis como Alexandre Arrais, Thomaz Osterne, Ernani Silva, José Justino, Jéferson Albuquerque, Orestes Costa, José Eurico, José Newton Alves de Sousa, Sarah Cabral, Raimundo de Oliveira Borges, Antônio Alves de Morais, Pedro Felício Cavalcante, Aderson Tavares, Raimundo Bezerra, Humberto Mendonça, e tantos outros.
O que estes homens fizeram para cumprir com fidelidade a grande responsabilidade social que assumiram, algumas páginas escritas ainda não fizeram justiça à grandeza de cada um, e disto você sempre soube muito bem, pois foi o cronista que esteve de plantão, registrando no cotidiano a bravura de suas lutas. E será injusto não dizer que você, Huberto, foi e continua sendo um destes abnegados operários da construção de todas estas grandezas do Cratinho de açúcar.
Nós nos habituamos a reverenciar estes líderes que honraram compromissos comunitários e não fizeram o negócio fácil que os privilegiaria em detrimento do bem comum. O tempo passou, muitos deles passaram e aos anos dourados do Crato se sucedeu um tempo difícil no seu desenvolvimento. Ainda hoje, felizmente, Huberto, a sua participação entusiasmada, constante em todos os grandes momentos dos avanços sócio-culturais e econômicos da Princesa do Cariri demonstram claramente que você é destas espécies raras que resistem heroicamente às adversidades que enfeiam os planos por uma sociedade melhor.
Como reconhece Emerson Monteiro, você Huberto “é um homem talhado a preservar valores históricos e a memória social do Crato e de todo o Cariri como raros outros.” Você é a enciclopédia deste Cariri histórico, a memória viva de sua história mais recente, a quem recorremos porque você vem e está disponível ao nosso alcance, o cidadão voluntário e prestimoso por excelência. E toda a sua vida é um testemunho eloquente de um profissional que se fez autodidata desde a modesta amplificadora da cidade para se eternizar em dedicação no Rádio, na Universidade, na Diocese, no Instituto Cultural, na Prefeitura, organizando eventos e se fazendo instrumento de grande valia em toda esta trajetória.
Sem dúvida alguma, Huberto, esta foi a maneira com a qual você se eternizou dentre os seus, porque continua a demonstrar que a missão tem que permanecer impregnada de um amor e de imensa fidelidade à sua terra. Certamente por isto é que ela lhe deve, eternamente, um agradecimento sincero, como filho tão devotado.
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