Algumas das doenças mais temidas e que afetam cada vez mais grande parcela da população são a Esquizofrenia e a Psicose maníaco-depressiva, hoje chamada de transtorno bipolar.
Embora as duas doenças apresentem sintomas parecidos, como delírios, alucinações, idéias bizarras, desconfiança extrema, idéias de Complô, ilusões, promiscuidade, falta de zelo para com o corpo, nem sempre é fácil ao médico diferenciar um quadro de MANIA da ESQUIZOFRENIA, devido a outras considerações importantes. Mas é bastante conhecida a idéia de que a esquizofrenia começa a dar os seus primeiros sintomas ainda na juventude, quando os pacientes começam a ouvir vozes, falar sozinho, ver coisas que não existem, e experienciar pensamentos bizarros. Famílias inteiras são levadas ao caos e à bancarrota por causa da esquizofrenia, que é considerada o maior de todos os transtornos mentais e não tem cura. O que existem, são medicações que resolvem temporariamente os sintomas, podendo o paciente viver dentro de um certo grau de "normalidade" quando o este reconhece e aceita a doença, quando aceita que há algo errado com o seu pensamento e resolve se tratar. As famílias também precisam ficar atentas aos primeiros sinais da MANIA e da ESQUIZOFRENIA, e hoje, com as modernas tecnologias, é possível acompanhar bem o quadro para um melhor prognóstico.
O diagnóstico da esquizofrenia, como sucede com a grande maioria dos transtornos mentais e demais psicopatologias, não se pode efetuar através da análise de parâmetros fisiológicos ou bioquímicos e resulta apenas da observação clínica cuidadosa das manifestações do transtorno ao longo do tempo. Quando do diagnóstico, é importante que o médico exclua outras doenças ou condições que possam produzir sintomas psicóticos semelhantes (uso de drogas, epilepsia, tumor cerebral, alterações metabólicas). O diagnóstico da esquizofrenia é por vezes difícil. Para além do diagnóstico, é importante que o profissional identifique qual é o subtipo de esquizofrenia em que o doente se encontra. Atualmente, segundo o DSM IV, existem cinco tipos:
Paranóide — É a forma que mais facilmente é identificada com a doença e na qual predominam os sintomas positivos. O quadro clínico é dominado por um delírio paranóide relativamente bem organizado. Os doentes de esquizofrenia paranóide são desconfiados, reservados, podendo ter comportamentos agressivos, gastam o que não possuem, se acham poderosos, invencíveis, e muitas vezes procuram arruinar a vida de outras pessoas. Na maioria das vezes é o clássico "detetive" sempre achando que descobriu alguma coisa importante, e a persistente idéia de COMPLÔ.
Desorganizado — em que os sintomas afetivos e as alterações do pensamento são predominantes. As ideias delirantes, embora presentes, não são organizadas. Em alguns doentes pode ocorrer uma irritabilidade associada a comportamentos agressivos. Existe um contacto muito pobre com a realidade.
Catatônico — caracterizado pelo predomínio de sintomas motores e por alterações da atividade, que podem variar desde um estado de cansaço e acinesia até à excitação.
Indiferenciado — que apresenta habitualmente um desenvolvimento insidioso com um isolamento social marcado e uma diminuição no desempenho laboral e intelectual. Observa-se nestes doentes uma certa apatia e indiferença relativamente ao mundo exterior.
Residual — em que existe um predomínio de sintomas negativos: os doentes apresentam um isolamento social marcado por um embotamento afetivo e uma pobreza ao nível do conteúdo do pensamento.
Existe também a denominada esquizofrenia hebefrênica, que incide desde a adolescência, com o pior dos prognósticos em relação às demais variações da doença e com grandes probabilidades de prejuízos cognitivos e socio-comportamentais.
Atualmente todos os tipos de esquizofrenia foram fundidos em um diagnóstico denominado de espectro esquizofrênico ( de acordo com o DSM 5 e organização mundial da saúde) .
Sinais e sintomas
A esquizofrenia, talvez o transtorno mental de maior comprometimento ao longo da vida, caracteriza-se essencialmente por uma fragmentação da estrutura básica dos processos de pensamento, acompanhada pela dificuldade em estabelecer a distinção entre experiências internas e externas. Embora primariamente uma doença orgânica neuropsiquiátrica que afeta os processos cognitivos, seus efeitos repercutem também no comportamento e nas emoções. Os sintomas da esquizofrenia podem variar de pessoa para pessoa, podendo aparecer de forma insidiosa e gradual ou, pelo contrário, manifestar-se de forma explosiva e instantânea. Podem ser divididos em duas grandes categorias: sintomas positivos e negativos.
Sintomas positivos e Negativos
Os sintomas positivos estão presentes com maior visibilidade na fase aguda da doença e são as perturbações mentais "muito fora" do normal, como que "acrescentadas" às funções psíquico-orgânicas da pessoa. Entende-se como sintomas positivos
Delírios (ideias delirantes, pensamentos irreais, "ideias individuais do doente que não são partilhadas por um grande grupo",6 como, por exemplo, um indivíduo que acha que está a ser perseguido pela polícia secreta e acha que é o responsável pelas guerras do mundo); alucinações, percepções irreais de audição, visão, paladar, olfato ou tacto, sendo mais frequentes as alucinações auditivas e visuais;
pensamento e discurso desorganizado (confusão mental), elaboração de frases sem qualquer sentido ou invenção de palavras; alterações visíveis do comportamento, ansiedade excessiva, impulsos ou agressividade constante na fase de crise.
Mania
A mania representa um quadro agudo, que pode ter como uma das principais causas, o consumo excessivo de antidepressivos. Euforia, inquietação, impaciência e falta de auto-controle são as principais características da mania.
Mania (do grego mania (loucura)) é um distúrbio mental definido como um período distinto, durante o qual existe um humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável. É característico, embora não exclusivo, do transtorno bipolar no qual os episódios maníacos alternam com episódios depressivos. Pode também ocorrer devido a intoxicação por drogas (especialmente estimulantes como cocaína ou metanfetamina) ou como efeitos imprevisíveis de medicamentos (especialmente Inibidor seletivo de recaptação de serotonina). Estima-se que pelo menos 5% da população mundial já tenham apresentado episódios maníacos.
Sinais e Sintomas
Durante um episódio maníaco há uma elevação anormal e persistente do humor (euforia). A exaltação do humor é acompanhada por aumento nos níveis de energia, que resulta em hiperatividade, fala pressionada, e necessidade de sono diminuída.3 A atenção não consegue ser mantida e há uma frequente distração acentuada. A auto-estima é frequentemente aumentada com idéias grandiosas e extrema auto-confiança. A perda de inibições sociais pode resultar em um comportamento que é imprudente, temerário ou inadequado às circunstâncias, e fora do caráter.
Diagnóstico
Esse diagnóstico só é dado a um episódio hipomaníaco ou maníaco isolado. Quando um indivíduo apresenta um ou mais episódios afetivos prévios de depressão nervosa, hipomaníaco, mania, ou quadro múltiplo, o diagnóstico passa a ser de transtorno bipolar.
Os principais sintomas desse transtorno sem sintomas psicóticos são:
Humor elevado duradouro (euforia);
Energia para atividades físicas e mentais aumentada;
Sentimento intenso de bem-estar e satisfação física e psíquica;
Aumento da sociabilidade e do desejo de falar, da familiaridade e/ou da energia sexual;
Redução da necessidade de sono;
Pensamento acelerado com fuga de ideias;
Irritabilidade e impaciência;
Aumento da agressividade;
Dificuldade em manter a atenção e concluir atividades;
Sexualidade exacerbada;
Ideias de grandeza e superestima;
Condutas racionalmente imprudentes ou inapropriadas;
Impulsividade e pouco auto-controle.
Pode ser acompanhado também de sintomas psicóticos (F30.2)4 :
Ideias delirantes (megalomania, em geral de grandeza);
Alucinações (como ouvir vozes e sons ou sensações táteis falsas);
Fala rápida que pode se tornar incompreensível;
Diferente do episódio maníaco ou da fase maníaca do transtorno bipolar ou da ciclotimia existem também outros transtornos considerados como manias, na concepção popular de compulsão, como a megalomania (um tipo de transtorno delirante de grandeza; a mitomania, compulsão por mentir; a ninfomania, adicção ou compulsão por relações sexuais.
Tratamento
O tratamento psiquiátrico geralmente é feito com sais de lítio ou com um estabilizante de humor. Caso existam sintomas de alucinação ou delírio pode ser usado também um neuroléptico. Essa medicação é eficaz em 48 a 70% dos casos. O estilo de tratamento psicológico depende da abordagem. No caso da Terapia cognitivo-comportamental tem um perfil psicoeducativo de ajudar o indivíduo a ser mais produtivo, fazer um melhor planejamento e modificar crenças disfuncionais com crenças mais saudáveis. Segundo um estudo, o tratamento mais eficiente foi a Terapia cognitivo-comportamental somada a Olanzapina.
CONCLUSÃO:
É muito importante que a família e os amigos comecem a perceber os sinais da esquizofrenia, e não esconder da sociedade, como alguns fazem. Quando passam a observar comportamentos exagerados de desconfiança, paranóia, idéias fixas, cismas, perseguições, agressividade, falta de sono, falta de apetite, delírios, promiscuidade ( Fazer sexo com qualquer um ), falta de zelo com a casa e com o próprio corpo, desorganização do pensamento, idéias bizarras, compras descontroladas sem ter dinheiro para pagar, ou colocar outras pessoas para pagar suas próprias dívidas, tudo conta. O importante é que se busque a conscientização do paciente, da família e da comunidade para observar atentamente os sintomas, a fim de quanto mais cedo, os primeiros tratamentos sejam instituídos ao paciente. Infelizmente as instituições mentais que fazem um tratamento decente estão cada vez mais em falta devido à imensa procura e à falta de apoio. É preciso que a sociedade passe a apoiar melhor estas instituições. Em todo o sul do Ceará, por exemplo, o único local onde se pode levar um paciente que está tendo uma crise maníaca ou esquizofrênica é o Hospital Sta. Tereza de Jesus, localizado no Crato, que atende diversos Estados, como o Ceará, Pernambuco, Paiuí e a Paraíba.
Dihelson Mendonça
Com informações da Wikipedia