Alô-alô Saaec
Sabe a rua mais desprezada de Crato? Sim, aquela mesma: a Pergentino Maia, no Parque Grangeiro. Há cerca de sete meses existe um cano da tubulação de água furado, no 2º quarteirão sentido cidade-bairro Grangeiro, logo após a Escola Dom Vicente Matos. Os moradores já avisaram à Saaec diversas vezes. Nada foi feito. Nos dias que o trecho é sorteado com água, o lamaçal – cercado pelo lixo e mato – fica molhado que é uma beleza!
Huberto Cabral
Muitos o rotulam de “enciclopédia”. Na verdade, o jornalista Huberto Cabral é, provavelmente, a maior fonte da memória de Crato. Acerca dele, bem definiu o escritor Emerson Monteiro: “Cabral é possuidor de um civismo a toda prova, e faz do rádio sua praia de predileção, sem, no entanto, esquecer permanências pelos jornais, revistas, livros, cerimônias coletivas, etc “. Dihelson Mendonça vai mais longe: “Huberto Cabral, o Prefeito eterno do Crato ( Ou pelo menos, que o Crato deveria ter ). Uma coisa temos de reconhecer: Cabral é um cratense ufanista, que fez do progresso e adiantamento da sua terra natal, uma causa prioritária da sua vida. (Crédito da foto: Dihelson Mendonça)
Universidade Federal do Cariri-UFCA
Depois de sua posse como primeira reitora da Universidade Federal do Cariri–UFCA, a profa. Suely Salgueiro Chacon anunciou – para o próximo ano – o funcionamento de novos cursos naquela universidade. São eles: Bacharelado em Ciências Contábeis, Bacharelado em Ciência da Computação, Bacharelado em Engenharia Geológica, Bacharelado em Museologia, Bacharelado em Medicina Veterinária e Bacharelado em Química. Enquanto isso os últimos cursos criados na URCA remontam à época do Reitor André Herzog (2004-2007). Aliás, já está no ar, mas em construção, o mais novo portal da recém-criada Universidade Federal do Cariri, como vemos a sua primeira página, acima.
Quem quer faz
Sete meses (janeiro a julho) é tempo mais do que suficiente para mostrar como será o restante dos 3 anos e cinco meses que restam as atuais administrações municipais. Apesar de estar com a popularidade igual a de Dona Dilma – ou seja, despencando de ladeira abaixo –, justiça seja feita: o prefeito Raimundão de Juazeiro do Norte já fez alguma coisa. Depois das 1.700 casas populares, iniciadas no bairro Betolândia, ele vai reformar o prédio da Prefeitura daquela cidade, inaugurado no dia 7 de setembro de 1965 pelo então prefeito, Cel. Humberto Bezerra (acima, foto do projeto de como ficará a Prefeitura de Juazeiro, após a reforma). Enquanto isso, o “Palácio” Alexandre Arraes, sede da Prefeitura de Crato, nunca passou por nenhuma reforma. Deveriam, pelo menos, retirar as estragadas portas e janelas de madeira e substituí-las por similares de vidros em moldura de alumínio. Como previa o projeto original daquele prédio.
A realidade concisamente
Finalmente o Brasil realizou a 28ª Jornada Mundial da Juventude. O que a mídia noticiou? Dois milhões de jovens de 110 nações participaram do evento. Apesar de o Metrô ter ficado paralisado em algumas horas; turistas estrangeiros perdidos; obras inacabadas e filas intermináveis para tudo. Imagine como será a Copa do Mundo no próximo ano...
Cara de pau
Dizem que fogo subindo morro acima e água descendo ladeira abaixo ninguém segura. A queda da popularidade da presidente Dilma Rousseff já é do conhecimento, no mínimo, das pessoas que assistem aos noticiários da televisão. Sintomática, no entanto, foi a reação do ex-presidente Lula. O “Cara” veio a público “mostrar preocupação” (modo de dizer) com o desgaste do “poste” (leia-se: da criatura inventada por ele). “Nosso Guia” declarou que a queda de popularidade da “gerentona” ameaça a continuidade do projeto petista de poder.Grande novidade!
Caindo na real
O Ministério da Fazenda reduziu de 3,5% para 3% a previsão de crescimento da economia brasileira neste ano. Mesmo assim é muito otimismo. Enquanto isso, A previsão para a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 5,2% para 5,7%.
Até um relógio parado marca a hora certa duas vezes ao dia
Foi o que aconteceu com o ex-governador e ex-ministro Ciro Gomes. Até que enfim ele disse uma coisa certa, quando – numa entrevista – chamou a atual equipe ministerial de “putaria de quinta categoria”, Ciro Gomes desculpou-se, em seguida, pela “má palavra” dita. Ora, não há de quê, Dr. Ciro! O termo que o Sr. usou retrata com propriedade o (des)governo que fez de Brasília “A casa de Irene”. O Sr., sem querer, fez-se porta-voz do clamor das ruas.
Ô raça
Experiente e precavido, o Papa Francisco – no seu primeiro discurso feito no Brasil, no Palácio Guanabara – avisou: "Eu não trouxe ouro nem prata, só trouxe Jesus Cristo". No local, o público presente era composto por mais de 90% de políticos. Dizem que ao ouvir a frase do Papa, um deles cochichou: “E que diabo nós viemos fazer aqui?”.
Não colou
Apesar da pressão do governo federal, o Vaticano recusou o uso político da vinda do papa Francisco ao Brasil, limitando-se aos aspectos pastorais da Jornada Mundial da Juventude. Mesmo assim a gerentona repetiu várias vezes, em seu longo e cansativo discurso de boas-vindas ao Papa, que o Brasil saiu da miséria, nos últimos dez anos, graças aos programas sociais dos últimos dois governos, citando, inclusive, o Bolsa-Família.
A crua realidade brasileira
Dona Dilma não disse que esses projetos assistenciais foram criados pelo PSDB, e não pelo PT, este apenas lhes mudou o nome. Ela também não disse que nos últimos dez anos pioraram os baixos índices da saúde e educação públicas; Que o Brasil possui uma das mais ineficientes seguranças públicas do mundo; Que o governo torrou cerca de 30 bilhões de reais para reconstruir estádios de futebol, enquanto o país não tem armazéns para estocar os grãos produzidos pelos heroicos e desprezados agricultores brasileiros. Aliás, argentinos que vieram para a Jornada Mundial da Juventude, ficaram impressionados com a pobreza na periferia das cidades brasileiras. Igualzinho ao que sentiram os estrangeiros que vieram para a Copa das Confederações.
No mais
“É como diz o historiador José Murilo de Carvalho. Em novembro de 1889, o povo assistiu “bestializado” à Proclamação da República por políticos e militares. Em junho de 2013, políticos e militares assistiram bestializados à invasão da “Ré – pública” pelo povo. Sem ordem, já fizemos algum progresso”. (nota publicada na coluna de Ancelmo Góis, n’O Globo)