Aécio Neves solta o verbo em "Época"
O senador Aécio Neves evita assumir sua pré-candidatura a presidente. Mas já fala como candidato. Faz até promessas de campanha. “Se o PSDB assumir o governo, e eu tiver um papel nesse processo, não teremos no Brasil mais que 22 ministérios”, afirmou ele.
Na entrevista à revista “Época” o senador Aécio Neves afirmou: “Temos de partir de uma constatação: o governo da presidente Dilma falhou. Falhou na condução da política econômica, na gestão do país e no aprofundamento dos programas nas áreas sociais. A saúde é trágica, a educação é de péssima qualidade e a criminalidade avança sem respostas objetivas do governo.
O resultado da balança comercial é o pior dos últimos 20 anos, o crescimento é pífio, a inflação está retornando. Esse cenário é de extrema preocupação. O governo se acostumou a terceirizar as responsabilidades, a atribuir as crises a fatores externos. Agora, não dá para dizer que os problemas não são causados aqui. A Europa começa a se recuperar, os Estados Unidos começam a se recuperar com maior vigor. Nós, segundo a Cepal, só para falar dos nossos vizinhos, teremos um crescimento maior apenas que a Venezuela – talvez, em solidariedade à Venezuela” ...
Para a revista “Carta-Capital” Aécio é apenas um tucano
Eis o que publicou a revista semanal que defende os governos do PT: “Tucanos e urubus– Pela primeira vez, no dia 30 de maio, o senador tucano Aécio Neves apresentou um programa do PSDB, na televisão, para atrair eleitores das classes C, D e E. Esse grupo, identificado com o Flamengo, é a “urubuzada” nos estádios de futebol. O apelido Urubu, nascido do preconceito, foi canibalizado com sucesso.
A avaliação do programa foi negativa, segundo os próprios aliados. Analisa Cesar Maia (DEM): “Um programa sem despertar entusiasmo, sem atrair eleitor”. Não basta tirar o paletó e a gravata. Nem usar truques fáceis no discurso. Não é fácil, decididamente, transformar tucano em urubu”.
“Veja” desta semana destaca o livro-biografia de José Dirceu
A revista “Veja” desta semana traz reportagem sobre a mais completa e surpreendente biografia do petista, as aventuras, traições, amores e tramoias do líder estudantil bonitão e mulherengo que virou o segundo homem mais poderoso da República - e que agora se encontra a caminho da prisão. De autoria do jornalista Otávio Cabral, “Dirceu - A Biografia” (Record; 364 páginas; 39,90 reais, ou 27 reais na versão digital) conta esta e outras tantas histórias definidoras da personalidade do biografado, o que faz do livro um daqueles difíceis de largar.
Para escrever a mais completa e surpreendente biografia de um dos mais complexos e enigmáticos personagens da história recente do Brasil, Cabral analisou 15 000 páginas de documentos garimpados no acervo de nove arquivos. Entrevistou 63 pessoas, anônimas e públicas, cuja confiança conquistou ao longo dos treze anos em que atua como repórter de política - primeiro pela Folha de S.Paulo e, desde 2004, na revista “Veja”.
Em 3 de janeiro de 2003, um mineiro nascido em Passa Quatro, ex-líder estudantil e ex-militante de esquerda perseguido pela ditadura militar se tornava o segundo homem mais importante da República. José Dirceu de Oliveira e Silva havia sido nomeado ministro-chefe da Casa Civil do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o operário que chegou ao Palácio do Planalto. Juntos, esses dois homens de biografia extraordinária prometiam mudar o Brasil. O primeiro ato que Dirceu assinou no cargo foi bem menos grandioso, mas revelador de seu caráter. Era uma portaria que mudava a ordem de entrada dos ministros nas solenidades do palácio. Historicamente, depois do presidente da República, vinha o titular do Ministério da Justiça, por ter sido a primeira pasta a ser criada. Dirceu transferiu a prerrogativa para si: quem apareceria caminhando logo atrás do presidente seria ele, o chefe da Casa Civil - que, a partir de então, teria também a primazia no uso de carros oficiais e de aviões da Força Aérea Brasileira.
Datafolha: aprovação do governo Dilma tem primeira queda e chega a 57%
Popularidade da presidente caiu 8 pontos em relação à última pesquisa
A aprovação do governo da presidente Dilma Rousseff teve queda de oito pontos percentuais em relação ao último levantamento do Datafolha, feito em março, e chegou a 57%, revelou o instituto neste sábado. A pesquisa foi realizada nos dias 6 e 7 de junho, depois da alta da inflação - que voltou a preocupar os brasileiros ao ultrapassar o teto da meta nos últimos 12 meses. O levantamento aponta que a queda é reflexo do aumento do pessimismo dos brasileiros com a situação econômica do País.
Essa é a primeira queda da popularidade de Dilma registrada pelo Datafolha, já que a deterioração da imagem da presidente registrada em pesquisas anteriores estava dentro da margem de erro, de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Os números mostram que 33% dos entrevistados consideram regular a maneira de governar de Dilma (um aumento de seis pontos percentuais em relação ao último levantamento) e 9% avaliam o governo como ruim ou péssimo (um acréscimo de dois pontos).
Eleições 2014
Apesar da queda de popularidade, a presidente Dilma Rousseff permanece como favorita para vencer a eleição presidencial do ano que vem. Em uma simulação com a ex-senadora Marina Silva (Rede), o senador Aécio Neves (PSDB) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), como adversários, Dilma teria 51% das intenções de voto, segundo o Datafolha.
Dilma ainda venceria a eleição no primeiro turno, porém houve uma queda de sete pontos em relação ao levantamento anterior. Marina Silva aparece em segundo lugar, com 16% das intenções de voto, e Aécio Neves - o único que cresceu em relação a março - tem agora 14% das intenções de voto, quatro pontos a mais que na pesquisa anterior. A pesquisa, publicada neste sábado pelo jornal Folha de S.Paulo, foi feita com 3.758 pessoas entre os dias 6 e 7 de junho. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Dilma ensaia retorno à receita de FHC
O jornal “Folha de S.Paulo” deste domingo traz em destaque: “Com a inflação ameaçando sair do controle e a popularidade em queda, a presidente Dilma Rousseff vem promovendo uma mudança na sua política econômica ao elevar os juros e soltar as amarras da taxa de câmbio. Economistas renomados avaliam que o governo vem sendo obrigado a adotar, parcialmente, a receita que garantiu a estabilidade de preços nos governos FHC e Lula. Com exceção do controle de gastos públicos, pouco a pouco o governo retoma as outras duas bases do tripé econômico: metas de inflação e câmbio flutuante.
Por: Armando Lopes Rafael