Quando
chegamos à Praça da Sé, mesmo em qualquer hora do dia, temos para o
nosso bem estar, uma agradável brisa que nos protege do calor. Tudo isso
devido à preservação dos oitizeiros. Essas árvores estão ali há
bastante tempo. Elas dão sombra para o transeunte que deseja sentar no
banco dessa praça acolhedora, além de liberar o oxigênio necessário para
purificar o ar que respiramos. Como todas as praças do Crato, a Praça
da Sé é muito bonita e bem conservada.
Hoje só se fala na preservação do meio ambiente. Observamos que os
governantes cratenses, ao longo dos anos, preservaram e ajudaram ao meio
ambiente, deixando os oitizeiros fazerem o seu papel para tornar a vida
das pessoas que se dirigem a praça, mais saudável, prazerosa e livre do
calor do sol. Além do mais, é obrigação das pessoas que dirigem a nossa
cidade e de todos nós, cuidarmos do futuro do nosso planeta, deixando
as árvores vivas e nos beneficiando com o seu oxigênio.
A sombra dos oitizeiros abrange toda a praça. Se uma pessoa decidir
fazer caminhada, poderá fazê-la em qualquer horário, pois as árvores
formam um verdadeiro teto ao redor da praça. O Crato tem a vantagem de
ter belas praças que embelezam a cidade e dão melhores condições de vida
à sua população.
Lembro-me que na minha infância, a Praça a Sé era a praça das
crianças, dos adolescentes, estudantes, namorados e de todos os
cratenses. Houve época que tinha até um lago com jacaré para divertir as
crianças, embora fosse assustador.
Na festa da Padroeira, todos freqüentavam a praça à tardinha e à noite para aproveitar o parque de diversões. Hoje também ainda continua sendo a praça dos cratenses.
Tenho boas lembranças do tempo que estudava no Colégio São João Bosco
e, após as aulas, eu, meus colegas e minhas colegas, nos reuníamos
abaixo da sombra de um oitizeiro para conversarmos. Mesmo sendo hora de
sol quente, estávamos protegidos do calor pelas sombras das antigas
árvores. Gostava tanto desses momentos que me esquecia do tempo e
algumas vezes eu chegava em casa, atrasada para o almoço. Meu pai
reclamava, pois ele queria a família reunida durante as refeições.
Muitos casais, há anos casados, namoraram nos bancos da Praça da Sé,
às sombras dos oitizeiros. Eu e Carlos tivemos o privilégio de ter
passado horas e horas nos bancos dessa praça no período de férias,
conversando enquanto nos conhecíamos melhor. Nesses momentos matávamos a
saudade do tempo de separação, quando ele tinha que viajar para
Salvador, onde estudava. Por isso, um primo de Carlos até brincava com
ele, dizendo que ele recebia a chave da praça do leiteiro e a entregava
ao guarda noturno. A Praça da Sé era a praça dos namorados. E hoje,
ainda é?
Por Magali de Figueiredo Esmeraldo