Charge do jornal "O Povo" de hoje

Até 1988 a História registra que em 100 anos de república, tivemos 9 golpes de estado, 13 ordenamentos constitucionais, 7 Constituições, 4 assembleias constituintes e o Congresso Nacional – em nome da Liberdade – foi fechado 6 vezes, inclusive pelo primeiro Presidente, Marechal Deodoro da Fonseca. Tem mais: ocorreu – até 1988 – censuras nos meios de comunicação inclusive com o fechamento de jornais e periódicos. Tivemos ainda, naqueles 100 anos, 8 moedas e uma inflação que chegou a 64,9 quatrilhões %, a qual só foi estancada em 1994 (alguém ainda lembra de FHC?) , com o advento do REAL. Parece que o nome deu sorte...
Alguém há de perguntar: E como foi na Monarquia? No Brasil Império, o Rei era o símbolo vivo da Nação. Não havia espaço para aventureiros, para “mensalões”, para negociatas, corrupção, nepotismo e a ordem e o respeito prevaleciam. O nosso Imperador D. Pedro II foi o árbitro em questões da França, Alemanha e Itália e era segunda autoridade moral do mundo depois do Papa.
Um Rei é educado desde criança para reinar, e nunca somos pegos de surpresas, por novos governantes despreparados. O Congresso Nacional do Império ombreava com o da Inglaterra; a diplomacia brasileira era uma das primeiras do mundo. O Brasil-Império teve os primeiros Correios e Telégrafos da América, e o Brasil foi uma das primeiras Nações a instalar linhas telefônicas e o segundo país do globo a ter selo postal. A nossa marinha era a 2º do mundo e o Brasil era tido como um país de 1º mundo junto com a Inglaterra, Estados Unidos, França e Alemanha.
No plebiscito de 1993, quando foi dado ao povo escolher para o Brasil permanecer República ou retornar à Monarquia, e a Monarquia teve, aproximadamente, sete milhões de votos (13% dos votos válidos) e, naquela época, uma pesquisa do DataFolha mostrava que 21% da população brasileira era monarquista ou simpatizante.
Por esses e vários motivos, há quem diga que – na prática – mudamos da Monarquia para a Anarquia.
Por: Armando Rafael