Casal passa por maus momentos no Hospital São Francisco

"A saúde na cidade é precária, mas só quando se necessita dela é tomamos a real dimensão da falta de investimento seja do município, governo estadual ou federal, na qualificação dos profissionais, seja do atendente ao médico.
Meu filho de 1 ano e 8 meses levou um corte no pulso que precisava ser suturado com uma certa urgência, fui em um Hospital perto de casa disseram que o único que podia atender criança era o Hospital São Francisco de Assis. Fui, cheguei lá por volta de 18:10, fiz a ficha e tome espera. A emergência com um cheiro de tinta, um monte de gente, um lugar abafado, não tinha nem água e o médico de plantão, cujo o horário era pra ser às 19:00, só tinha previsão pra chegar ao hospital talvez as 22:00 - E só iria mais cedo se houvesse uma emergência.
É uma vergonha para uma pessoa ser vista por um médico só se levar um tiro, uma facada ou for amigo do dito cujo e olha que era Unimed, imagine uma pessoa que necessita do SUS, MORRE aqui no Crato, pois em uma emergência, o médico não cumpre o expediente, e a administração do Hospital não toma nenhum tipo de providência. "ISTO É UMA VERGONHA"
Luiz Eduardo Campos complementa:
"Eu, com Ilanna Tenório Campos, estivemos no hospital a tratar do nosso filho, e quando cheguei fiquei muito surpreso com a "emergência" do mesmo, salas interligadas, expostas, com gazes, soltas, roupas dos enfermeiros, pena que na hora da agonia vc esquece tudo e lamentei muito não ter levado minha camera para registrar, sem contar um calor infernal naqueles corredores, porem naquele momento eu queria era ser atendido pois meu filho estava com uma ferida aberta, com fome e o atendimento já estava pago ( pois damos um duro danado para garantir isso pelo menos para ele, sei que depois de muito esperar um medico que estava de plantão (não no hospital) chegar de casa (granjeiro bairro nobre) eu não aguentei esbravejei ate que um outro medico que ouvia minhas lamentações ao passar do seu plantão se compadeceu de nosso caso e resolveu costurar nosso filho, estancando minha voz pois não sei o que iria dar pois sou capaz de tudo por eles (minha família)."
Enquanto a sociedade ficar omissa, esses problemas não serão resolvidos como que por mágica. Não pensem que o corporativismo irá permitir ou facilitar a solução desses graves problemas que têm muitas causas. Não é a primeira vez que esse tipo de notícia escabrosa sobre o Hospital São francisco aparece na Imprensa. Lembremos que há pouco tempo outros dois episódios graves foram relacionados à aquele hospital: A morte de um bebê, que caiu do leito hospitalar e teve traumatismo craniano, e o caso da paciente Danila Meneses Bernardo, 26 anos, que havia sofrido o quarto aborto em dois anos. Isso para dizer alguns. A quantidade de e-mails que recebemos de outras denúncias é imenso. Resta as autoridades tomarem providências, porque a população não pode mais continuar refém dessa situação.
Com informações de:
Ilanna Tenório Campos
Luiz Eduardo Campos