Uma palavra pode mudar
vidas, abrir caminhos, gerar oportunidades inesgotáveis. A palavra escrita, derivação
mais recente da palavra, corresponde à maior das revoluções de toda a
Humanidade.
Nos inícios do uso da
palavra, houve a suposição de que servia sua utilização aos grupamentos das
pessoas nos rituais coletivos, religiosos, por exemplo; nos cânticos, nas
representações teatrais, nos comandos das batalhas, nos pregões dos mercados,
julgamentos, etc. Lá depois, com a escrita, surgiu a prática da leitura
silenciosa nas celas dos mosteiros, nas escolas, nos templos.

- Conte-me algo que
ainda não sei.
Depois de pensar
alguns instantes, o cacique respondeu:
- A mãe de minha mulher morreu no
inverno passado.
Nessa hora, o jesuíta pega
de um papel e nele escreve algumas palavras. Em seguida se dirige a outro
missionário, fora do recinto em que conversavam, e lhe passa o papel. O novo
personagem lê o que continha, olha para o cacique e interroga:
- Sua sogra morreu
numa nevasca?
Segundo as textuais
palavras do autor do livro citado: O
cacique dá um salto para trás, alarmado. Ele foi pego de surpresa pelo poder
mágico da escrita, que permite que o conhecimento dê saltos no espaço e viaje
silenciosamente por meio dos símbolos.
Longe ainda estamos de
avaliar com a profundidade suficiente o poder que a palavra escrita possui no
intuito de elaborar novas consciências e abrir as perspectivas da Civilização.
Contudo, o tempo segue infinito neste ensejo de que necessitam os seres humanos
até realizar em cheio a descoberta libertadora do saber transformador e surpreendente.
Por: Emerson Monteiro
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