
As tais avenidas
abertas pelo progresso verificado nesta hora, isso para incorporar a nova São
Luís aos espaços da ilha de antigamente, dos tempos portugueses e franceses,
ainda mostram insuficiência a atender o boom
imobiliário automobilístico deste período incerto da civilização industrial.
Carros que não acabam já mais dominam as pistas e jardins, e determinam
lentidão cataléptica ao movimento das pessoas no tabuleiro gigantesco daquelas planícies
de beira mar.
Diante da agenda a
cumprir, só pude visitar o centro histórico no período da noite, avistando inteiro
e conservado o rico patrimônio arquitetônico considerado primeiro dentre as
heranças do período colonial. Belo traçado de becos e vielas, bem conservados,
vários adquiridos por ricos estrangeiros, preenchidos de órgãos oficiais de
cultura e turismo, marcas imorredouras da presença europeia naquele Brasil dos
inícios.
Em meio à febre da
propaganda eleitoral desta fase, de paredes e muros empanados de cartazes das
variadas gentes candidatas, ainda circulei em um por de sol aberto pelas
praias, parando no Trapiche e fotografando a maravilha luminosa da tarde ao som
esfumaçado de grupo de reggae, toque
jamaicano às cores daquele chão amorenado.
A intensidade, pois,
da São Luís impressiona sobremodo, devido aos poderes com que ações financeiras
do mundo capitalista querem reviver, no presente, passos empreendidos nas épocas
do Novo Mundo, e fugia ao continente americano qual quem busca as portas do Paraíso.
E a natureza maranhense, preservada no correr dos séculos abre outra vez suas carnes
a esses exploradores.
Através do Porto Itaqui,
de São Luís, saem 30% do ferro consumido no resto do Planeta, procedentes das
minas do Estado do Pará, seu vizinho. Ao longo da costa, lá estavam fundeados vários
navios de largo calado, à espera de atracar e receber o minério transportado
pela Ferrovia dos Carajás.
Nisso tudo, algo de
monumental transpira dessas visões de São Luís, o meio norte que prepara sonhos
do Brasil do futuro.
Por: Emerson Monteiro
Por: Emerson Monteiro
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