
Platão em "A República" por sua vez nos diz: "Os poetas devem introduzir nas suas obras a representação dos bons costumes. (...).
Os artistas não devem introduzir na sua arte a maldade, o desregramento, a mesquinhez, a indecência. (...).
Os artistas e os poetas devem ser obrigados, a introduzir em suas obras a representação dos bons costumes, para preservar o povo de ser criado no meio de imagens viciadas como se fora no meio de ervas daninhas, colhendo muitas delas, um pouco a cada dia, e delas se nutrindo, contraiam, por fim, uma grande enfermidade na alma. (...).
A introdução de um novo gênero musical pode pôr tudo a perder. Não se poderia mudar as regras da música sem, ao mesmo tempo, abalar as leis fundamentais do Estado. (...)
Não há dúvida de que esse tipo de transgressão passa quase sem ser observado, como se fosse um jogo inocente. Insinua-se de modo contínuo e penetra gradualmente nos usos e costumes. Depois, toma vulto e penetra nos acordos privados, dos acordos passa para as leis e para as ordenações do Estado com grande força, até que por último arruína todas as coisas na vida privada e pública. (...)
Um prazer excessivo perturba a alma não menos que a dor. (PLATÃO, A República, Ed. Escala)
Os artistas não devem introduzir na sua arte a maldade, o desregramento, a mesquinhez, a indecência. (...).
Os artistas e os poetas devem ser obrigados, a introduzir em suas obras a representação dos bons costumes, para preservar o povo de ser criado no meio de imagens viciadas como se fora no meio de ervas daninhas, colhendo muitas delas, um pouco a cada dia, e delas se nutrindo, contraiam, por fim, uma grande enfermidade na alma. (...).
A introdução de um novo gênero musical pode pôr tudo a perder. Não se poderia mudar as regras da música sem, ao mesmo tempo, abalar as leis fundamentais do Estado. (...)
Não há dúvida de que esse tipo de transgressão passa quase sem ser observado, como se fosse um jogo inocente. Insinua-se de modo contínuo e penetra gradualmente nos usos e costumes. Depois, toma vulto e penetra nos acordos privados, dos acordos passa para as leis e para as ordenações do Estado com grande força, até que por último arruína todas as coisas na vida privada e pública. (...)
Um prazer excessivo perturba a alma não menos que a dor. (PLATÃO, A República, Ed. Escala)
"Nisto Tu tinhas razão, porque o segredo da existência humana consiste não somente em viver, mas ainda em encontrar um motivo para viver. Sem uma ideia nítida da finalidade da existência, o homem prefere renunciar a ela e se destruirá em vez de ficar na Terra, embora cercado de montes de pão. Mas o que aconteceu? Em lugar de te apoderares da liberdade humana, tu ainda a estendeste! Esqueces-te então de que o homem prefere a paz e até mesmo a morte à liberdade de discernir o bem e o mal? Não há nada mais sedutor para o homem do que o livre-arbítrio, mas também nada mais doloroso. E em lugar de princípios sólidos que teriam tranquilizado para sempre a consciência humana, tu escolheste noções vagas, estranhas, enigmáticas, tudo quanto ultrapassa a força dos homens, e com isto agiste como se não os amasse. Tu que vieras dar tua vida por eles! Aumenta a liberdade humana em vez de confiscá-la e assim impuseste ao ser moral os pavores dessa liberdade". Com essa exposição do Dostoiévski em "Irmãos Karamázov" resta-nos alguma dúvida do que seguir?
O que é intrigante neste tempo atual é o desprezo suicida que temos em relação a tais exemplos e tantos outros, ocultados em prateleiras, simplesmente para fazer volume. São estes homens e através deles que ainda, ter o direito de sonhar algo melhor em relação aos tempos de hoje. Não se trata aqui, de maneira alguma - como alguma mente precipitada possa achar - de um plano, sugestão ou indireta para mudanças sociais no prima socialista do termo, mas, sobretudo, a mudança do indivíduo frente a sua liberdade de escolha, pois, como nos diria Eric Voegelin, "ninguém é obrigado a sofrer da crise espiritual de seu tempo". Por qual motivos nós deveríamos?