Tudo que podia falar, falei;
Tudo que podia viver, vivi;
Tudo que tinha para amar, amei;
Tudo que podia aprender, aprendi;
Tudo que tinha para perdoar, perdoei;
Tudo que precisava sentir, senti.
Agora deixo a velha nave;
E embarco na nave do futuro;
Antes que a velha dê uma pane e trave;
Passo para a nova, porto mais seguro.
Deixo na velha nave os vícios;
Levo na bagagem os dons;
O mal joguei nos precipícios;
Nesta viagem planetária, uno-me aos bons.
2010 está indo pro passado eternamente;
Somente o teremos na memória;
2011 sede de esperança e desejo de seguir em frente
Embarco nele, com garra, amor e certeza da vitória.
Nos últimos instantes deste belo ano;
A Deus elevo meu pensamento, e em prece
Rogo, derramai Senhor, teu amor soberano;
Fazei com que durante o novo ano;
Tenha conforto e paz, aquele que padece.
Escrito por: Vicente Almeida
Quando Almeida me disse há poucos dias que ele "pensa muito" antes de escrever, não estava brincando. O homem não gosta de escrever bobagens. Esse é um dos mais belos textos de Ano Novo que já vi por aqui. É um daqueles textos que é como uma bala certeira. basta um para deixar o nome do autor nos corredores da história.
ResponderExcluirMeus parabéns, Almeida.
Eu gostaria de ter escrito isso, mas sinto-me feliz porque você o escreveu para a delícia de todos os que irão embarcar em 2011.
Um forte abraço,
Dihelson Mendonça