
Não é só em Fortaleza e região metropolitana que a cinofilia tem destaques. Criadores do Cariri provam vocação.
Barbalha - O Cariri que, no momento, passa por um crescente surto de desenvolvimento, está consolidando a posição de um dos maiores exportadores de cães de raça do Nordeste. Esta conquista foi confirmada na 1ª Exposição Cinófila Panamericana, no Hotel das Fontes, localizado no Distrito de Caldas, neste Município.
O evento, promovido pelo Grande Cariri Kennel Clube, contou com a participação de 80 cães, das mais diversas raças, expostos por 40 expositores da região e da maioria dos Estados do Brasil. Segundo o vice-presidente do Cariri Kennel Clube, Ricardo Tércio Miranda Garcia, a região possui cães de excelente qualidade que concorrem com os melhores do Brasil.
Ricardo justifica que a Exposição teve a finalidade de despertar criadores e o público em geral para a cinofilia. E, certamente, as exposições caninas contribuem para fixar, cada vez mais, pessoas nesse hobby que é a criação de cães para exposições. "Mensalmente, somos consumidores de uma faixa considerável de produtos da linha Pet, principalmente a ração", complementa ele.
"Com esta visão, o Kennel Clube incube-se da missão de inserir a cidade de Barbalha neste polo de desenvolvimento cinófilo e mercado para produtos PET, fomentado o movimento dos negócios e serviços gerados por essa expressiva fatia de mercado comercial", diz o presidente do Grande Cariri Kennel Clube, Fernando Marcelo Vieira dos Santos.
Qualidade

Além de uma forma de lazer, a criação de cães de raças requer investimento. Todo cão campeão da raça favorece um preço diferenciado para seus filhotes. O macho campeão tem mais candidatas ao acasalamento que um cão sem título. Ricardo Tércio diz que, recentemente, foi alugado um cão do Cariri para um criador da Guatemala, na América Central. O aluguel gira em torno de 3 mil dólares. O preço de um cão com pedigree e campeão varia de R$ 5 mil a R$ 30 mil. Já as despesas mensais para manter o animal na qualidade exigida em exposições somam, em média, R$ 2.500, segundo Ricardo. Mas, para ele, vale a pena a convivência amiga com o cão.
A progressiva urbanização e o desaparecimento da antiga civilização rural relegaram o homem a viver em ambientes metropolitanos caóticos e estressantes. Aumenta o número de solteiros, das famílias sem filhos, ou com filho único. Assim, cresce de modo exponencial o exército de animais considerados "de companhia" que compartilham a vida em família. Muitos deles são tratados com todos os cuidados destinados aos próprios filhos.
O presidente do Kennel Clube do Cariri orienta que os interessados em adquirir um cão, deve procurar um canil profissional. "Na hora de escolher um animal para servir de companhia para um idoso, por exemplo, é muito importante considerar que deve ser uma raça capaz de se adaptar ao estilo de vida do idoso, uma raça que precise de poucos cuidados e com um temperamento, de preferência, dócil", explica ele.
Por: Antonio Vicelmo
Repórter do Jornal Diário do Nordeste
Colaborador do Blog do Crato e Chapada do Araripe OnLine
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