
Absolvido, Virgílio nega existência de acordo com o PMDB
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), negou que o arquivamento da representação contra ele tenha relação com qualquer tipo de acordo entre a oposição e o PMDB. Na avaliação do senador, os atos pelos quais ele era acusado não apresentavam nenhuma irregularidade.
"Não há acordo, pois não fiz nada. Tiraram o bode da sala", disse. Virgílio afirmou que existem outros casos de senadores que mantiveram funcionários no exterior, mas disse que o caso dele só veio à tona por ter sido um dos primeiros a denunciar o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). "Há outros casos sabidos e fingem que não sabem", afirmou o parlamentar tucano.
Mesmo negando que tenha havido acordo, o líder não descarta a possibilidade de o PMDB ter pedido para que o presidente do Conselho de Ética, Paulo Duque (PMDB-RJ), arquivasse a representação. "Não sei se o PMDB aconselhou, agora não posso aceitar que para provar que não tinha acordo tentassem cassar o meu mandato".
Cristovam vê Marina fora do PT e diz que aceitaria ser vice
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) é um entusiasta da saída da senadora Marina Silva (PT-AC) do Partido dos Trabalhadores. Afirma que a biografia dela só tem a crescer com uma possível candidatura à presidência pelo Partido Verde, ao qual deve se filiar em breve. Os dois se encontraram na noite de ontem e Buarque afirma que ela está pronta para deixar PT e atender o chamamento da história. Ele admite até ser o seu candidato a vice, caso o PDT não tenha candidatura própria. "Eu aceitaria, mas tem de ser pelo PDT. Eu não vou deixar o meu partido".
Convite a Lina foi manobra e quebrou acordo, diz Mercadante Irritado com o fato de oposição ter aproveitado um "cochilo" da base e ter aprovado um requerimento de convite para que a ex-secretária da Receita Federal Lina Maria Vieira vá à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, o líder do PT, Aloizio Mercadante (SP), afirmou que os governistas vão passar a pedir verificação de quórum durante as votações em comissões da Casa. "Evidente que foi uma manobra deles", disse. Os governistas vêm tentando evitar a presença de Lina no Congresso desde que ela concedeu uma entrevista dizendo que a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, teria pedido para que a Receita concluísse rápido uma investigação que vinha sendo feita em empresas da família do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). A base conseguiu que o convite da ex-secretária fosse evitado na CPI da Petrobras, mas não na CCJ.
Fonte: Terra