Bom dia a todos!
Hoje, dia 07 de Agosto de 2009, trazemos diversas notícias vindas de nossos grandes colaboradores jornalísticos Antonio Vicelmo e Elizângela Santos, que são repórteres do Jornal Diário do Nordeste. Numa das matérias, um grave incidente com 3 mortes na cidade de Brejo Santo acontecido ontem, dia 6. A previsão do tempo para hoje, segundo informa o site Climatempo, é de dia com sol, algumas núvens e não chove. Temperaturas: máxima de 25 e mínima de 16 graus ( só se for na Chapada do Araripe à noite ).
ALMANAQUENo dia 7 de agosto, a Igreja católica comemora o dia de
São Caetano de Thiene
Caetano nasceu em Vicência, na Itália, em outubro de 1480. Filho do conde Gaspar de Thiene e de Maria do Porto, desde muito jovem mostrava grande preocupação e zelo pelos pobres, abrindo asilos para os idosos e muitos hospitais para os doentes, especialmente para os incuráveis. Estudou em Pádua, onde se diplomou nas matérias jurídicas, aos vinte e quatro anos de idade. Dedicava-se ao estado eclesiástico, mas sem ordenar-se, por considerar-se indigno. Nesse meio tempo, fundou, na propriedade da família, em Rampazzo, uma igreja dedicada a Santa Maria Madalena, que ainda hoje é a paróquia desta localidade. Em 1506, estava em Roma, exercendo a função de secretário particular do papa Júlio II. Na qualidade de escritor das cartas apostólicas, fez contato e conviveu com cardeais famosos, aprendendo muito com todos eles. Mas a principal virtude que Caetano cultivava era a humildade para observar muito bem antes de reprovar o mal alheio. Para melhor compreender, basta lembrar que ele viveu no período do esplendor renascentista, no qual o próprio Vaticano não primava pelo exemplo de moralidade e nem brilhava pela santidade dos costumes.
Assim sendo, como homem inteligente e preparado, não se retirou para um ermo; ao contrário, encorajou-se para uma ação reformadora, começando por si mesmo. Costumava dizer que "Cristo espera e ninguém se mexe". Participou do movimento laical Oratório do Divino Amor, que procurava estudar e praticar as Sagradas Escrituras. Só então, depois de muita reflexão, decidiu-se pela ordenação sacerdotal, em 1516. Tinha trinta e seis anos de idade quando celebrou sua primeira missa na basílica de Santa Maria Maior. Nesta ocasião, ele mesmo relatou depois, Nossa Senhora apareceu-lhe e colocou-lhe nos braços o Menino Jesus. Foi para Veneza em 1520, onde colaborou na fundação do hospital dos incuráveis. Três anos depois, incansável, voltou para Roma, onde, na companhia dos companheiros do Oratório - Bonifácio Colli, Paulo Consiglieri e João Pedro Carafa, bispo de Chiete -, fundou a Ordem dos Teatinos Regulares, que tinha como objetivo a renovação do clero.
Quando o papa Clemente VII aprovou a congregação, Caetano renunciou a todos os seus bens para dedicar-se única e exclusivamente à vida comum. O mesmo ocorreu com o bispo Carafa, que abdicou também da sua vida episcopal. Anos mais tarde, ele veio a tornar-se o papa Paulo IV, um dos grandes reformadores da Igreja.
A nova congregação começou somente com os quatro, depois passaram para doze e esse número aumentou bastante em pouco tempo. São os primeiros clérigos regulares. Não são monges, pois são de vida ativa, porém vivendo em obediência: sob uma regra de vida comum, como religiosos, cujos membros renunciam a todos os seus bens terrenos, devendo viver de seu trabalho apostólico e de ofertas espontâneas dadas pelos fiéis, contando, apenas, com a Providência divina. Carafa foi o primeiro superior geral, embora a idéia da fundação fosse de Caetano de Thiene, que, na sua humildade, sempre se manteve de lado.
Caetano morreu de fadiga, após uma vida de muito trabalho e sofrimento, aos sessenta e seis anos de idade, em Nápoles, no dia 7 de agosto de 1547. Foi canonizado em 1671. O seu corpo é venerado no dia de sua morte, na belíssima basílica de São Paulo Maior, mas que é chamada por todos os fieis e peregrinos de basílica de São Caetano, localizada na praça principal da cidade.
HOJE NA HISTÓRIA
Nesta data, em 1996, Cientistas da NASA anunciam ter encontrado num meteorito fósseis microscópicos de bactérias originárias de Marte. O meteorito, que caiu na Terra há 13.000 anos, é mais uma prova de que possa existir vida primitiva em Marte.
Assombrosa vida em Marte Cientistas da Nasa descobrem fósseis de uma bactéria marciana e comprovam que não estamos sós no Universo . Por: Norton Godoy. [ Revista Istoé ].
Finalmente aconteceu. O dia 6 de agosto entrará para a história como a data em que o ser humano descobriu que a vida extraterrestre é um fato e não apenas ficção. Essa possibilidade, alimentada durante tanto tempo pela fantasia de escritores, sonhadores e alguns cientistas, recebeu um grande alento na última terça-feira. Os telejornais da noite anteciparam o anúncio que a Nasa faria no dia seguinte: pesquisadores da agência espacial americana e da Universidade Stanford, na Califórnia, encontraram evidências de que um tipo de vida muito primitiva existiu em Marte há 3,6 bilhões de anos. As evidências foram achadas em um meteorito marciano que caiu na Terra 13 mil anos atrás. Do tamanho de uma batata, o meteorito contém moléculas orgânicas fossilizadas - isto é, que se petrificaram ao longo de milhões de anos - semelhantes a bactérias que existiram nos primórdios da história geológica da Terra. Estas moléculas são também a mais antiga forma de vida já descoberta pelos cientistas. Na Terra, os fósseis mais velhos são de bactérias encontradas em uma rocha australiana de 3,5 bilhões de anos. A diferença de 100 milhões de anos entre a bactéria de Marte e a da Terra acaba reforçando a teoria de que a vida pode não ter se originado em nosso planeta, mas veio do espaço e aqui encontrou condições de evoluir.
A notícia foi saudada por estudiosos como "a mais fantástica descoberta científica de todos os tempos". Carl Sagan, astrônomo americano conhecido por suas teorias de vida em outros planetas, qualificou o achado de "glorioso". O presidente americano, Bill Clinton, disse que "essa é a notícia mais assombrosa do Universo". Exatos 20 anos depois da última sonda terrestre ter descido em Marte, a revelação mais importante sobre o Planeta Vermelho estava ironicamente bem diante dos olhos dos cientistas, aqui na Terra. "Eu quero deixar claro que não estamos falando em pequenos homens verdes", afirmou em tom de brincadeira o diretor da Nasa, Daniel Goldin. "O que achamos são estruturas celulares muito pequenas, que se parecem com bactérias", disse ele. Na Terra, as primeiras bactérias evoluíram para formas de vida superiores. "Não há nenhuma evidência ou sugestão de que uma forma de vida mais sofisticada tenha existido em Marte", fez questão de frisar Goldin. "Não queremos dizer que temos provas conclusivas e irrefutáveis", esclareceu o cientista Everett Gibson, membro da equipe que estudou o meteorito. "Mas temos um conjunto de evidências que combinadas nos levam a crer que estes microfósseis vieram de Marte." O tom cauteloso é normal neste tipo de anúncio. Uma agência como a Nasa não divulgaria tal descoberta se não tivesse uma margem segura de garantias. Afinal, uma notícia como essa representa mais recursos do governo para explorações espaciais - até 1999, os Estados Unidos devem gastar cerca de US$ 13 bilhões em seu programa espacial civil. Os resultados da pesquisa serão publicados na próxima semana na revista Science, bíblia da comunidade científica.

"Por dois anos utilizamos a tecnologia mais avançada disponível em todo o mundo para analisar esse meteorito", contou Gibson. Sem essa tecnologia, desenvolvida apenas muito recentemente, teria sido impossível enxergar os tais fósseis microscópicos. O meteorito marciano pesa menos de dois quilos. Foi achado na Antártica junto com outros 11 em 1984 e permaneceu por vários anos nos depósitos da Nasa. Com o desenvolvimento recente de microscópios eletrônicos de extrema potência, fatias muito finas do meteorito foram colocadas embaixo de suas lentes. Grandes ampliações de alta resolução foram então obtidas com a ajuda de raios laser e fachos de elétrons. Para se ter uma idéia, hoje já é possível enxergar a estrutura atômica de algumas substâncias químicas. O que explica por que só em 1993 se soube que o meteorito achado na Antártica era marciano. A prova foi obtida comparando sua composição mineral com a análise que a sonda Viking fez do solo marciano. As imagens visualizadas no supermicroscópio indicaram formas fossilizadas de vida. Um outro aparelho, chamado espectrômetro (que detecta substâncias químicas pelo tom de luz que elas refletem), confirmou nas bactérias marcianas a presença de hidrocarbonos, compostos que são a base da vida, seja aqui na Terra ou em qualquer outro planeta.
NASAOs estudos da equipe da Nasa reconstituíram o que pode ter acontecido com essas bactérias. Embora a Terra e Marte sejam hoje mundos totalmente diversos - o primeiro quente e fervilhando de vida, enquanto o segundo é um mundo gelado e aparentemente morto -, há cerca de quatro bilhões de anos eram bem parecidos. Assim como na Terra, a água corria na superfície marciana, o que possibilitou o aparecimento de vida microscópica - de uma forma semelhante à que surgiria na Terra. Em Marte, as altas temperaturas daquele passado remoto faziam com que a água penetrasse no solo, permanecendo em estado líquido devido à alta pressão das profundezas. "Se a vida existe sob altas temperaturas no ambiente terrestre, como as bactérias vivas encontradas na boca de vulcões submarinos, é provável que ela também existisse em Marte", raciocina Paul Davies, renomado cientista inglês, da Universidade de Adelaide, Austrália.
Essa água subterrânea, crêem os cientistas, era bastante saturada de dióxido de carbono. Esse mineral caía da atmosfera marciana e se depositava nas fraturas rochosas da superfície do planeta. A presença do carbono ajudou no processo de fossilização dos microorganismos que viviam e morriam entre as rochas. Este complexo ciclo biológico teria ocorrido em Marte há bilhões de anos. Depois disso, não se sabe por que, o planeta perdeu sua atmosfera, esfriou bruscamente e a água - essencial para a vida - ficou confinada ao estado sólido em sua calota polar. Os seres microscópicos marcianos desapareceram e o único indício de sua existência que restou foram seus fósseis. Se o Planeta Vermelho não tivesse perdido sua atmosfera e esfriado, talvez essa forma primitiva de vida marciana evoluísse numa escala igual à da Terra. Então, imaginam os cientistas, há 15 milhões de anos um imenso cometa ou asteróide deve ter atingido Marte, fazendo com que vários pedaços de rocha marciana fossem jogados no espaço, como os estilhaços de uma explosão. Por milhões de anos esses pedaços de rocha vagaram pelo espaço e alguns deles acabaram se chocando com a Terra na forma de meteoritos. Foi assim que, supõem os cientistas, esses fósseis microscópicos fizeram sua longa viagem de Marte para a região antártica.
Foram justamente os amontoados de carbono incrustados na rocha marciana que chamaram a atenção dos pesquisadores. O pessoal da Universidade Stanford detectou junto a esse carbono um grande número de fósseis de moléculas orgânicas. O maior desses fósseis não tem mais do que um centésimo da espessura de um cabelo humano - se colocássemos um ao lado do outro precisaríamos de mil deles para chegar ao tamanho do ponto que fecha esta frase. Alguns têm a forma oval, outros são tubulares. Em aparência e tamanho, são muito parecidos com os fósseis de bactérias terrestres. Mas certos indícios, como o fato de estarem concentrados no interior da rocha e não em sua superfície, descartaram a possibilidade de o meteorito ter sido contaminado por bactérias terrestres depois de ter caído na Terra.
A primeira evidência histórica de vida extraterrestre foi comemorada não apenas pela comunidade científica, mas por todos os que trabalham direta ou indiretamente com o programa espacial americano. Poucas horas após o anúncio da Nasa, a Casa Branca prometeu novos recursos para a exploração espacial. A novidade assombrou cientistas e despertou novas adequações às interpretações religiosas sobre a origem do Universo. Sayyid Syeed, da Sociedade Islâmica da América do Norte, apressou-se em dizer que, segundo o Alcorão, Alá é o Deus de vários mundos e não de apenas um único. Já o rabino James Ruden, do Comitê Judaico Americano, disse que interpretações do Gênesis dão espaço para a possibilidade de vida em outros planetas.
Se a fantasia em relação a Marte já rendeu tantas histórias no passado, a partir de agora deve alimentar teorias que até a semana passada eram apenas especulações. Uma delas advoga uma origem extraterrestre para a vida na Terra. Os primeiros seres vivos, em formas microscópicas, teriam chegado a este planeta justamente a bordo de meteoritos, segundo defendem alguns estudiosos, como Paul Davies. "No interior das rochas, as bactérias podem permanecer em um estado de vida suspensa por milhões de anos", afirmou ele. Mas essa é uma possibilidade que só deverá ser confirmada ou contestada, se algum dia o for, a partir de julho de 1997, quando as sondas Mars Global Surveyor e Mars Pathfinder - esta última com um jipe robô à bordo - estarão descendo na superfície marciana. As pesquisas sobre a composição mineral do Planeta Vermelho poderão justificar uma missão tripulada até lá, talvez a primeira grande aventura da humanidade no próximo milênio. Para já, no entanto, o primeiro dividendo do anúncio da Nasa é uma revoada de cientistas que retornam para a Antártica no próximo verão, à caça de novos meteoritos. Colaborou Peter Moon.
Fontes: Edições paulinas, Revista Istoé, 10 em tudo e Climatempo.