
"Só quem não sabe quem é Patativa do Assaré é a Academia Brasileira de Letras (ABL)". Depois de cantar "Festa da natureza" e "Vaca Estrela e Boi Fubá" da tribuna do Plenário, o cantor e compositor Raimundo Fagner homenageou Antônio Gonçalves da Silva, o Patativa do Assaré, cobrando da ABL que lembre do poeta popular cearense, cujo centenário de nascimento foi celebrado nesta quarta-feira (3) pelo Senado Federal. Antes de Fagner, a também cearense Myrlla Muniz cantou "Casinha de palha". Os dois foram acompanhados por Marcos Faria, na sanfona, e Ocelo Mendonça, no violoncelo e na flauta.
Diversas autoridades cearenses compareceram ao Senado para reverenciar Patativa do Assaré, como o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Cesar Asfor Rocha; o presidente do Tribunal de Contas da União, Ubiratan Aguiar e o prefeito de Assaré, Evanderto Almeida. Também estiveram presentes o diretor do documentário "Patativa do Assaré - Ave Poesia", Rosemberg Cariry, e o filho de Patativa, Geraldo Gonçalves, que declamou o poema "A dor gravada".
- Essa homenagem é uma honra para a nossa família e para todo o povo cearense. Dá até a impressão de que Patativa não morreu. Ele apenas mudou-se, mas continua vivo no coração de cada um - agradeceu Geraldo Gonçalves.
O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) lançou, durante a sessão, o livro "Patativa do Assaré - Poeta Universal", que reune artigos sobre Patativa, entrevistas com seus filhos e traz uma antologia com alguns dos seus poemas. A série de eventos em homenagem ao poeta cearense integrou a programação do Senado Cultural, que ainda realizará este mês uma exposição em parceria com o Comitê Olímpico Brasileiro sobre os jogos olímpicos de Pequim/2008.
Roberto Homem / Agência Senado
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(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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