
Maior preocupação
Para dom Panico, o que se leva em consideração é toda a história do Padre Cícero. O padre Venturelli vinha mantendo sob segredo o paninho encontrado, em meados de janeiro. Estão guardados, segundo ele, “com muito carinho”. A forma de levar a público a informação é evidente que não chegou a agradar a cúpula da Igreja no Cariri e, para dom Fernando, isso traz uma maior preocupação até no sentido de prejudicar o processo de reabilitação. Ele destaca os cinco anos que se levou para levantar informações e documentos entregues ao Vaticano. Serão, conforme ele, muitos anos para que se tenha algum posicionamento sobre o processo, já que são muitos outros casos sendo analisados. “São mais de duas mil páginas, e isso leva um tempo para análise”, ressalta. Para dom Panico, alguns desses panos sequer poderão servir de provas, já que alguns deles já foram lavados e outros, pelo próprio tempo, devem ter se desgastado. Outro fator é o sumiço dos restos mortais da beata, até hoje um mistério insondável. Quanto às comemorações em torno dos 120 anos do pretenso milagre, o bispo afirma que a iniciativa partiu da própria Prefeitura de Juazeiro e não da Igreja, mas destaca o início de uma preocupação pastoral a partir da divulgação do pretenso milagre. “Em última análise, se houve milagre, nem é do Padre Cícero nem da própria beata, mas de Deus. Quem age nessas coisas sobrenaturais é Deus. Quando for necessário, vamos tratar do assunto”, diz o bispo, se referindo aos panos encontrados e ao pretenso milagre. Ele disse que não foram enviados paninhos para Roma. Uma outra preocupação exposta pelo bispo é que não se faça da notícia do paninho encontrado um alarde. “Não quero afirmar coisas que não tenho certeza”, diz ele. O padre José Venturelli afirma que comunicou ao bispo pessoalmente o assunto. Destaca as evidências positivas, por o pano estar no livro que pertenceu a José Marrocos, que chegou a guardar vários deles. E por estar na biblioteca do Padre Cícero, onde também foram encontrados cabelos, e ele enfatiza que alguns “com raiz” podem ser do religioso. A raiz, segundo ele, abre campo para pesquisas de comprovação por meio de exames de DNA. Além disso, um negativo com uma imagem de uma casa, provavelmente nas redondezas do Horto, não se sabe ainda se é da época do Padre Cícero. No paninho estava escrito em italiano “oh, mio dio. Iddio mio” (“oh, meu Deus. Pai meu”). “Provavelmente o Marrocos doou o livro ao Padre Cícero. Merece um pequeno estudo sobre isso”, diz o padre. A biblioteca de 600 livros, que pertenceu ao sacerdote, teve uma catalogação feita pelos salesianos, nos anos 80. Nesse novo momento, com uma limpeza e escaneamento de algumas capas e contracapas, o material foi encontrado. O trabalho de recuperação e preservação da biblioteca continua. Algo mais poderá ser encontrado, segundo o padre. Um acervo que Venturelli considera muito rico.
Elizângela Santos
Repórter
Mais informações:
Colina do Horto
Caixa Postal 20
Juazeiro do Norte
(88) 3511.600

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Fonte: Jornal Diário do Nordeste
Agora, que o estrago já está feito; que o ouro foi entregue de mão beijada aos inimigos; que o "factóide" foi inexoravelmente desmontado; que através de um inocente e despretencioso comentário soubemos que “...OS PANINHOS VÊM REAPARECENDO DESDE QUE O PROCESSO PARA REABILITAÇÃO DO PADRE CÍCERO FOI RETOMADO”; vamos esperar que a imprudência da coitada da irmã belga Annete Dumoulin, estudiosa da religiosidade do Cariri, moradora de Juazeiro há 34 anos e voluntária da Diocese, não sofra qualquer espécie de punição, de constrangimento, de desmoralização.
ResponderExcluirAfinal, a coitada, mesmo que atabalhadoadamente, só tentou ajudar na viabilização da causa da reabilitação (que virá, mais cedo ou mais tarde, por pressão política e da mídia, disso não tenhamos dúvida).
Mas, enquanto isso, fica no ar a inocente e singela pergunta: SÃO QUANTOS OS “PANINHOS”, AFINAL ???
eh como falei anteriormente trata-se de um embuste para atrair mais pobres inocentes, e agora sob os auspicios do bispo atual, ah que saudades de d.vicente mattos, que botaria ordem nessa marmota.aproveitantdo peço ao atual ocupante da diocese que olhe com carinho a nossa querida radio educadora,que estah com uma programaçao pessima,sucateada,coloque uma placa na faculdade catolica,e tire aquela faixa ridicula, e o palacio episcopal que estah abandonado etc etc.
ResponderExcluirÉ interessante que os paninhos da Beata foram queimados ainda nos anos 40, por orientação de D. Francisco ( estavam na antiga casa de caridade de Crato). É possível que outros existissem e estivessem guardados por fiéis e beatos. O problema é que parece que temos uma veraddeira fábrica de confecção e dependendo da oportunidade eles vão brotadno como por encanto. A pergunta de Mariano é extremamente pertinente. São quantos ? A Reabilitação do Pe Cícero é um inteiro contracenso. Ele já é um Santo popular independentemente do parecer ou não da Igreja oficial. Não é a Igreja Católica que necessitaria se ver reabilitada, ao invés do Padre Cícero ?
ResponderExcluirNo comentário anterior, leia-se ATABALHOADAMENTE e não atabalhadoadamente, (como diria o velho filósofo "a pressa é inimiga da perfeição" (continua a sê-lo).
ResponderExcluirAssim, fica combinado que nós, simplesmente, nos ATABALHOAMOS.
Deve ser um drama mesmo para os católicos essa questão.
ResponderExcluirEla afeta a todos, até a quem não é católico como eu, pois entra em nossas vidas.
Imagine para os católicos praticantes e os não praticantes?
Abraços.
O Padre Cicero já é Santo. O Ventureli devia ir trabalhar a beatificação do Mussoline, na terra dele, Italia.
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