
Uma era de Bestialização, onde o homem retorna aos seus primórdios, nas cavernas. Tudo incentivado por uma mídia perversa que exalta a banalidade como tenho escrito nos meus reclames sem fim. Em suma, o Funk de Rua, que os funkeiros tanto querem diferenciar dos outros tipos de música, quer queira ou não, representa a silhueta de toda essa máquina esdrúxula, esse conjunto de coisas de um país que fomenta as desigualdades sociais, em que os traficantes concedem entrevistas em plena cadeia, alertando a população que estão verdadeiramente no controle das massas, como circula aquele arquivo em powerpoint na internet na entrevista do chefe do PCC.

O Maxixe possuía uma discriminação inicial pelo fato de a dança ser sensual aos pudicos da época, mas musicalmente, Artisticamente falando, possui harmonia bastante elaborada, e melodias artísticamente trabalhadas. Assim como o samba, o Choro, o Baião que hoje se degenerou para o Forró Eletrônico. Pode ser que estejamos passando por um período de degeneração conjunta das artes, pois quando as mentes são corrompidas, levam consigo a deterioração de outros valores igualmente válidos e corretos ao bem-estar de uma sociedade sadia.

Em sendo assim, só posso dar meus sinceros pêsames a quem não acordou para esta dura realidade que estamos por enfrentar AINDA, do "ser perdido", em que a violência social embalada pela violência Artística, fluirá pelos lares adentro, corrompendo mentes que poderiam vingar grandes frutos para o bem de uma sociedade que poderia ser pensante, mas que pela ganância de homens profundamente maus, devoraram e consumiram seu próprio futuro!
Aos Filósofos da Batateira, que discutem o papel do "FUNK SOCIAL", vi essa prova de vestibular que bem se adequa ao pensamento daqueles que à guisa de proposição sociológica procuram analisar os movimentos degradatórios do Funk de Rua e Raves, como produtos de uma nova concepção estética e filosófica ( metafísica quem sabe, rs ), mas que resumindo, não passa de Besteira Enlatada para enganar os trouxas:
EXERCÍCIO DE VESTIBULAR NO ANO DE 2030

Leia o trecho do poema abaixo e responda as questões:
O JUMENTO E O CAVALINHO
ELES NUNCA ANDAM SÓ
QUANDO SAI PRA PASSEAR
LEVAM A ÉGUA POCOTÓ
(Egüinha Pocotó, Mc Serginho, 2003)
a) A forma adotada pelo autor do texto leva o leitor a uma reflexão crítica acerca de alguns elementos do estilo literário da época, ao mesmo tempo em que insere temáticas dotadas de valor universal. Assinale a passagem em que o autor expressa com maior intensidade este dualismo. Identifique a figura de linguagem adotada.
b) Ao idealizar em um mesmo patamar, personagens que até o momento só haviam sido tratados com a devida separação de classes, o autor coloca "o jumento e o cavalinho" como uma paródia da realidade social do país na época. O brilhantismo desta visão crítica é destacado por expressões que para um leitor menos atento podem parecer erros gramaticais, mas que na verdade geraram uma nova aplicabilidade da língua portuguesa. Identifique estes trechos e as inovações gramaticais por eles introduzidos.
c) Eleita como acompanhante nos passeios dos dois protagonistas, a Égua Pocotó rompe a solidão até então predominante no panorama urbano estabelecido. Mais do que um triângulo amoroso convencional, o autor atribui aos personagens um status que transcende a natureza metafísica convencional. Emerge então o caráter feminino, no auge de sua auto-afirmação como contraponto ao pansexualismo. Descreva o papel da Égua Pocotó como elemento de instabilidade no equilíbrio social do início do século XXI.
d) O texto de Mc Serginho, precursor do movimento literário-cultural denominado pocotoísmo, propõe uma nova métrica e abordagem ao texto poético. Alguns críticos da época chegaram a compará-lo à "pedra no caminho" de Drummond, um poeta de menor importância no século XX, injustiça revertida mais tarde com a identificação da sua efetiva quebra de paradigma literário.
e) Compare o estilo da obra de Mc Serginho com os autores clássicos do século XX e justifique a relevância de sua obra.
Abraços,
Dihelson Mendonça