Autor: José Saramago
08 outubro 2008
O FATOR DEUS
Autor: José Saramago
Comunicado: Rádio Chapada do Araripe volta na Segunda-Feira
Olá, Pessoal,
Por motivos de manutenção, informamos que a Rádio Chapada do Araripe sairá do ar hoje, quinta-feira, e só retornará na Segunda-feira, dia 13 de Outubro. Apenas 4 dias, mas sei que muita gente sentirá falta da nossa estação. Estaremos de volta em breve!
Abraços,
Dihelson Mendonça
DATAS COMEMORATIVAS

Dia do Nordestino
"Exaltação ao Nordeste"
Eita,Nordeste da peste,
Mesmo com toda sêca
Abandono e solidão,
Talvez pouca gente perceba
Que teu mapa aproximado
Tem forma de coração.
E se dizem que temos pobreza
E atribuem à natureza,
Contra isso,eu digo não.
Na verdade temos fartura
Do petróleo ao algodão.
Isso prova que temos riqueza
Embaixo e em cima do chão.
Procure por aí a fora
"Cabra" que acorda antes da aurora
E da enxada lança mão.
Procure mulher com dez filhos
Que quando a palma não alimenta
Bebem leite de jumenta
E nenhum dá pra ladrão
Procure por aí a fora
Quem melhor que a gente canta,
Quem melhor que a gente dança
Xote,xaxado e baião.
Procure no mundo uma cidade
Com a beleza e a claridade
Do luar do meu sertão.
(Autor: Luiz Gonzaga de Moura)
Hoje é o dia do nordestino, dia de um povo obstinado,determinado, acostumado a fazer das adversidades motivo de alegria, de esperança , de orgulho.Que um dia possamos comemorar essa data, não com a imagem de fome, desespero, despreparo,como nos veem, equivocadamente outras regiões.Queremos ser vistos como pessoas capacitadas, preparadas intelectual e moralmente.Como profissionais altamente qualificados que deixam sua casas, pais, filhos, familiares, levando progresso, riqueza, desenvolvimento para outras regiões.Esse subscritor faz questão de dizer sua origem, pricipalmente quando escuta frases preconceituosas, pois a mudança cabe a cada um de nós nordestinos - e aqui não me refiro somente àqueles que tem "estudo" , reporto-me a todos os nordestinos - não importa se estamos ai , aqui, na Europa, na China, etc, o que é importa é levantarmos a bandeira da dignidade, do respeito e acima de tudo do orgulho de ser NORDESTINO.Viva todos nós.
Luiz Cláudio Brito de Lima
Mensagem de Agradecimento ao Povo do Crato - Samuel e Mônica Araripe

Gostaríamos de aqui agradecer à todas as pessoas que percorreram essa longa caminhada conosco, e acreditaram em nossas propostas como o meio mais verdadeiro para se obter o progresso e o bem-estar do nosso povo. Podemos hoje comemorar essa grande vitória, que foi muito dura, porém maior ainda era nossa determinação, coragem e a certeza de que estávamos no rumo certo. Formou-se um verdadeiro exército de pessoas entusiasmadas, e quando o ser humano forma um grupo coeso, com um propósito verdadeiro, e esse grupo de baseia na confiança e na honestidade, ele com certeza atingirá os seus objetivos.
Portanto, quero aqui agradecer ao povo do Crato que nos garantiu essa vitória nas urnas, e ao mesmo tempo reafirmar os compromissos que assumimos de cada vez mais trabalhar em prol dessa cidade que tanto amamos, e conduzi-la ao status de altivez e soberania em toda a região, de onde ela jamais poderia ter saído nas décadas passadas. A história e as tradições do nosso povo nos mostra que somos guerreiros inatos, desde que somos descendentes dos guerreiros kariris, povo que tão bem soube defender seu território e a sua honra.
Nestes tempos de mudanças, quero conclamar todo o povo do Crato para outra grande jornada rumo ao progresso, agora que não somos apenas os eleitores de "Samuel Araripe e Raimundo Filho". Somos toda a população do Crato. Não sou o prefeito de alguns Cratenses, mas de todos os Cratenses. Passadas as eleições, deixemos agora de lado o partidarismo, e demos as mãos em torno de um ideal comum: o bem-estar da nossa cidade. É tempo de juntos, construir nosso futuro, e esse será brilhante, como o sol que brilha na nossa querida e bela Chapada do Araripe. Agora somos um só povo, uma só mente, todos empenhados no bem-estar e certamente, em melhorias substanciais e perenes para todo o povo do Crato.
Obrigado a todos. Continuemos a nossa luta.
Se nossos ideais são nobres, já começamos a jornada vitoriosos.
Samuel Araripe e Mônica Araripe
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Não consigo usar lentes
– Leve-o ao oculista – diziam todas num harmonioso apelo uníssono.
– Coitadinho! Deve ser horrível ficar o tempo todo com o olhinho esquerdo fechado, não é bebê!? – interpelava uma outra enquanto puxava minhas bochechas. Não sei se o que sentia, à época, era raiva, mas certamente chorava muito quando faziam isso. Que mania têm as mulheres de se acharem donas dos corpinhos e das bochechas das crianças! Será que nunca atinaram sobre a possibilidade real de dor que esses carinhos provocam!?...
Aos dois anos, aproximadamente, fui levado ao meu primeiro exame óptico e conheci meu primeiro oftalmologista. O cidadão médico falou para os meus pais que eu era míope e que também sofria de astigmatismo. Não me deterei aos termos peculiares da profissão branca, mas devo ter adorado as palavras bonitas do senhor cidadão doutor: astigmatismo. Não é uma lindíssima palavra? A partir de então comecei minha árdua caminhada de portador de óculos!
Criancinha ingênua e pura – dentro das limitações humanas – não ligava para o novo artefato que ornamentava minha face, ignorava mesmo! Só não gostava de ficar o tempo todo levantando o desgramado dos óculos que insistiam em escorregar pelo nariz... Que raiva!
Três anos, quatro anos, cinco anos... À medida que a natureza agia em mim, as brincadeirinhas e as piadinhas também cresciam:
Era alvo de alcunhas que me chateavam à beça: “Ei, ceguinho!” – Esse era o apelido mais chato que me davam. Não suportava ouvir essas palavras... “Quatro olho!” Diziam outros. Uma vez briguei por causa desse tal de quatro olho... O garoto se deu mal por causa disso. “Perdoe. Não tenho esmolas, ceguinho...”
Veio a adolescência e os lampejos de menino-homem mostraram sua cara. Os complexos surgiram, estavam à flor da pele.
Tecnologia: que maravilha! Vivíamos a febre das lentes de contato que invadiam o mercado brasileiro. Por todos os lados, víamos falsas loiras, com seus falsos olhos azuis... Impressionavam mesmo! Para os íntimos, eram mulheres vulneráveis, fúteis – que preconceito tolo; para os desconhecidos, pedaços de mulher, “meio mundo de bom”, como dizem os interioranos.
Não podia ficar alheio. Fui, então, agora sozinho, ao oculista. Já era o quarto ou quinto desde o meu primeiro contato com a bengala visual. Uma jovem muito bonita – de olhos azuis – veio atender-me:
– O que o senhor deseja?
Adorei ter sido chamado de senhor. Senti-me importante... Senhor... Legal... Gostei.
– Experimentar algumas lentes. Respondi, por fim, todo cheio. – Gostaria de usar lentes e me falaram que temos que passar por um período de adaptação.
– Exato, senhor! Entre, por favor!
No primeiro dia, consegui, com dificuldades, colocar a lente do olho direito. No segundo dia também. A do olho esquerdo, porém, não dava certo de jeito nenhum. Por mais que a moça tentasse posicioná-la, nada – a lente não “entrava”. No quinto dia, desisti.
A bela jovem de olhos azuis tentou de todos os jeitos convencer-me do contrário. Fui levado à médica que me explicou que o meu tipo de problema exigia lentes siliconadas, pois eram menores. Hoje nem sei se ainda existem. Explicou-me, muito calmamente, que as lentes gelatinosas não eram aconselháveis para o meu caso, apesar de uma adaptação mais fácil. Não houve jeito.
De óculos novos, lá ia eu para novas piadinhas e torturas psicológicas. Creio ter superado tudo: as reações instintivas das gozações que sofria, os complexos que me afligiam quando da necessidade de relacionar-me com outras pessoas. Não sei se estou de todo curado, mas melhorei muito. Até casei!
Agora, já homem feito, tive necessidade de uma nova consulta. O doutor, como todos os anteriores, limitou-se ao tradicional:
– Sente aqui. Agora diga as letras. É melhor assim ou assim?
– O primeiro.
– Assim ou assim?
– O segundo.
– Enxerga melhor no verde ou no vermelho?
– No vermelho.
– E agora? É melhor assim ou assim?
– O primeiro.
Pega o receituário. Tentei ler o que escrevia, mas minha miopia e a caligrafia caricata dos punhos hipocráticos não me permitiram ler nada. Por que os oftalmologistas não gravam uma fita com as perguntas básicas? Talvez fosse mais legal!... “Melhor assim ou assim?...” “O primeiro ou o segundo?...” Deve ser horrível pra eles fazerem sempre as mesmas perguntas! Com dez anos de profissão, fazendo sempre as mesmas perguntas... Sei não! Deve ser um tédio isso! Sai a sentença:
– Você usará lentes fotocromáticas. Outro nome bonito.
– Doutor, posso fazer uma pergunta?
– Sim.
– Eu uso óculos desde os dois anos e nunca consegui enxergar direito com o olho esquerdo, mesmo usando óculos. Isso é normal? O senhor pode olhar isso ou eu tenho que pagar por outra consulta?
– Não. Faz parte do exame. Vamos olhar. Sente na cadeira novamente. Olhe para frente. Olhe para a luz – ele se aproxima de mim com um aparelhinho que emite uma luz.
Examina o outro olho.
– Olhe para frente. Agora olhe para a luz.
Fico confuso. Meu Deus! Que exame louco! Penso. Essa luz batendo diretamente nos meus olhos. Será que ele esqueceu que sofro de astigmatismo? Esse médico é doido! Já estava quase levantando da cadeira para sair correndo quando, por fim, sai a outra sentença:
– É. Você tem um desvio no olho esquerdo. Você tem apenas oitenta e cinco por cento da visão com ele. Se tivesse operado até os seis ou sete anos, talvez tivesse corrigido.
– Eu uso óculos desde os dois anos, doutor.
– Se tivesse falado antes talvez alguém tivesse percebido.
– Ah, eu é que devia ter falado. O erro foi meu que não pedi uma luzinha antes. Então eu, criancinha, aos dois anos, com um problema que tem cirurgia corretiva até os sete anos já deveria ter dito ao médico que não enxergava bem, porque havia um desvio no olho esquerdo...
– Mas está estável. Não evoluirá mais, aparentemente.
– Entendo. E por que eu não consigo usar lentes, doutor? Nunca me adaptei. Tentei algumas vezes, mas a do olho esquerdo não “entra”.
– Isto é raro, mas acontece. Algumas pessoas têm bastante sensibilidade e não se adaptam.
– Sei.
Quem sabe, daqui a alguns anos uma nova luzinha me possibilite realizar esse sonho.
Do meu livro 'Crônicas e mais um conto'.
Nijair Araújo Pinto
Major do Corpo de Bombeiros
Especialista em Matemática
Adesguiano
Escritor
Compositor
Estudante de Enga Civil – UFC
Acadêmico de Direito – URCA
Meu pensamento do dia:
A poesia é um manto escuro aos olhos dos insensatos. Todos percebem o vulgar; apenas os iluminados, a poesia.
(Nijair)
Carta do Leitor - Festa de Nossa Senhora do Rosário

Prezado Dihelson,
Hoje 7 de Outubro, foi o dia de Nossa Senhora do Rosario, e todos os anos minha mãe Edistia Abath Pereira paroquiana da matriz N S da Penha, distribui uma media de 500 terços, e e a zeladora do altar da N S do rosario aí na Sé. Solicito que faça uma entrevista com ela, que mora na Rua Jose Carvalho 280, em frente ao Moderno. Eu sou a Teresa Abath, e moro em Brasilia, leitora assidua do seu Blog.
Um abraço,
Teresa Abath
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SESC Crato - Exposição O Inferno de Dante do Artista Plástico Francisco dos Santos

O INFERNO DE DANTE
“Perdei toda a esperança ó vós que entrais.”
O SESC Crato apresenta nesse mês de outubro a Exposição O Inferno de Dante do Artista Plástico Francisco dos Santos. O trabalho expressa de forma simples e marcante um dos clássicos mais importantes da literatura mundial, A Divina Comédia, em esculturas feitas nos padrões clássicos do renascimento. As personagens principais da obra são Dante Alighieri, que realiza uma jornada espiritual pelos três reinos do além-túmulo, e seu guia e mentor nessa jornada, Virgilio. O Artista Plástico Francisco dos Santos vivencia e dá realidade física a cada personagem, com esculturas clássicas ricas em detalhes e tamanhos expressivos. Acadêmico do curso de Artes Visuais pela Universidade Regional do Cariri – URCA, Francisco dos Santos, nasceu em Juazeiro do Norte, onde deu inicio aos primeiros experimentos com argila em 1996, através de uma oficina; desde então, vem estudando suas propriedades como também desenvolvendo pesquisas no âmbito da cerâmica. Francisco trabalha em seu ateliê Shanadú, na cidade de Juazeiro, onde ministra aulas de desenho pintura, escultura, realizando também oficinas para diversas instituições como, SESC, SENAC, CCBNB e SOAFAMC.
SERVIÇO:
Exposição “O Inferno de Dante” do Artista Plástico Francisco dos Santos
de 07 a 31 Outubro de 2008 – de 8h às 20h
Galeria do SESC Crato.
Enviado por Tânia Peixoto
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