Semana em memória
Violeta Arraes tem história no Ceará, especialmente no Cariri. A partir de hoje, sua figura recebe homenagens
Crato. Nesta terça-feira, às 19 horas, o reitor da Universidade Regional do Cariri (Urca), professor Plácido Cidade Nuvens, fará abertura da exposição dedicada à Violeta Arraes, intitulada “Sertaneja, Cidadã do Mundo”, que permanecerá no Saguão de Exposições da universidade até a quinta-feira. Ontem, foi celebrada, no Rio de Janeiro, às 11h30, missa de sétimo dia para a ex-reitora da Urca, no Mosteiro de São Bento. Durante a semana, a administração da universidade está preparando uma série de homenagens em memória.
A exposição envolverá fotografias contando um pouco da sua trajetória de vida, dentro de um rico contexto histórico e de vivências, que também mostram facetas da história recente do País. Frases marcantes, pensamentos de grandes intelectuais e personalidades que buscavam traduzir um pouco dessa tão importante caririense, que soube valorizar a sua região como poucos.
Na sexta-feira, dia 27, a urna com as cinzas de Violeta Arraes chega ao Cariri, por volta de 1h30 da manhã, no Aeroporto Orlando Bezerra de Menezes, em Juazeiro. Um cortejo virá acompanhando até o Saguão de Exposições da Urca.
Durante todo o dia serão prestadas homenagens de parentes e amigos, docentes, alunos, funcionários e também instituições regionais.
A paz, a justiça social, a arte, a cultura, o meio ambiente, a educação e a própria Urca, bandeiras constantes de luta de Violeta serão temas abordados, uma forma de reconhecimento e de lição que fica dessa nordestina, que foi, acima de tudo, um ser forte na defesa dos interesses edificantes da sociedade caririense e do Ceará.
Na universidade, a permanência será até às 18h30, quando segue para a Sé Catedral, onde será celebrada uma missa, às 19h30. Após, encerra-se a solenidade.
Na sexta-feira, foi realizada no Rio de Janeiro a cerimônia de cremação, com a presença da família e amigos. A ex-reitora da Urca e ex-secretária de Cultura do Estado faleceu no último dia 17, no Rio de Janeiro, aos 82 anos, vítima de câncer. Durante o evento estão sendo feitas várias homenagens a sua pessoa pelos funcionários e docentes da instituição, amigos e representantes de órgãos onde ela teve uma presença marcante.
Cultura e política
Nascida em Araripe, aos 14 anos, a ex-reitora foi para o Rio de Janeiro, sob a orientação do irmão político, Miguel Arraes. Cursou o Clássico no Sacré-Coeur de Marie e no Colégio Santo Amaro. Conheceu o padre Hélder Câmara, de quem se tornou muito próxima e foi colaboradora formal, como militante do Secretariado Nacional da Ação Católica. Formada em Sociologia pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, Violeta Arraes tem uma vida marcada pela ação cultural e política.
Estagiou um ano na França, no Centro Internacional de Economia e Humanismo, dirigido pelo padre Lebret, onde conheceu seu marido, Pierre Maurice Gervaiseau, com quem se casou em Recife, no ano de 1951.
Na Urca, teve uma presença marcante como reitora, com a ampliação e qualificação da universidade. Ela foi uma das grandes mobilizadoras e articuladoras para o desenvolvimento de vários projetos e instituições na região, inclusive na divulgação e valorização da cultura do sertão caririense e do Estado como um todo.
Retorno
O retorno ao Cariri de Violeta veio após convite do governo do Estado. Primeiro assumiu em Fortaleza, a Secretaria de Cultura, em 1988. Desde a posse até o fim de sua gestão, ela desenvolveu um projeto que contemplou, não apenas a realização de obras e eventos, mas, principalmente, a implementação de um programa cuja pedagogia e filosofia buscavam conscientizar toda a sociedade sobre o real e amplo conceito de cultura. Um dos grandes projetos durante a sua gestão foi a inauguração do Theatro José de Alencar, na Capital.
Também está prevista uma passagem da urna com as cinzas pela Fundação da Casa Grande, no Teatro que leva o seu nome. Uma homenagem será prestada pela entidade. Após deixar a Universidade, ela afirmou ao diretor da entidade, Alemberg Quindins, que sua vida seria dedicada daquele momento em diante à Casa Grande e a sua família.
ELIZÂNGELA SANTOS
Repórter
Mais informações:
Universidade Regional do Cariri (Urca), Rua Coronel Antônio Luiz, 1.161, Pimenta, Crato (CE)
(88) 3102.1212/ 3102 1271
urca@urca.br
Crato. Nesta terça-feira, às 19 horas, o reitor da Universidade Regional do Cariri (Urca), professor Plácido Cidade Nuvens, fará abertura da exposição dedicada à Violeta Arraes, intitulada “Sertaneja, Cidadã do Mundo”, que permanecerá no Saguão de Exposições da universidade até a quinta-feira. Ontem, foi celebrada, no Rio de Janeiro, às 11h30, missa de sétimo dia para a ex-reitora da Urca, no Mosteiro de São Bento. Durante a semana, a administração da universidade está preparando uma série de homenagens em memória.
A exposição envolverá fotografias contando um pouco da sua trajetória de vida, dentro de um rico contexto histórico e de vivências, que também mostram facetas da história recente do País. Frases marcantes, pensamentos de grandes intelectuais e personalidades que buscavam traduzir um pouco dessa tão importante caririense, que soube valorizar a sua região como poucos.
Na sexta-feira, dia 27, a urna com as cinzas de Violeta Arraes chega ao Cariri, por volta de 1h30 da manhã, no Aeroporto Orlando Bezerra de Menezes, em Juazeiro. Um cortejo virá acompanhando até o Saguão de Exposições da Urca.
Durante todo o dia serão prestadas homenagens de parentes e amigos, docentes, alunos, funcionários e também instituições regionais.
A paz, a justiça social, a arte, a cultura, o meio ambiente, a educação e a própria Urca, bandeiras constantes de luta de Violeta serão temas abordados, uma forma de reconhecimento e de lição que fica dessa nordestina, que foi, acima de tudo, um ser forte na defesa dos interesses edificantes da sociedade caririense e do Ceará.
Na universidade, a permanência será até às 18h30, quando segue para a Sé Catedral, onde será celebrada uma missa, às 19h30. Após, encerra-se a solenidade.
Na sexta-feira, foi realizada no Rio de Janeiro a cerimônia de cremação, com a presença da família e amigos. A ex-reitora da Urca e ex-secretária de Cultura do Estado faleceu no último dia 17, no Rio de Janeiro, aos 82 anos, vítima de câncer. Durante o evento estão sendo feitas várias homenagens a sua pessoa pelos funcionários e docentes da instituição, amigos e representantes de órgãos onde ela teve uma presença marcante.
Cultura e política
Nascida em Araripe, aos 14 anos, a ex-reitora foi para o Rio de Janeiro, sob a orientação do irmão político, Miguel Arraes. Cursou o Clássico no Sacré-Coeur de Marie e no Colégio Santo Amaro. Conheceu o padre Hélder Câmara, de quem se tornou muito próxima e foi colaboradora formal, como militante do Secretariado Nacional da Ação Católica. Formada em Sociologia pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, Violeta Arraes tem uma vida marcada pela ação cultural e política.
Estagiou um ano na França, no Centro Internacional de Economia e Humanismo, dirigido pelo padre Lebret, onde conheceu seu marido, Pierre Maurice Gervaiseau, com quem se casou em Recife, no ano de 1951.
Na Urca, teve uma presença marcante como reitora, com a ampliação e qualificação da universidade. Ela foi uma das grandes mobilizadoras e articuladoras para o desenvolvimento de vários projetos e instituições na região, inclusive na divulgação e valorização da cultura do sertão caririense e do Estado como um todo.
Retorno
O retorno ao Cariri de Violeta veio após convite do governo do Estado. Primeiro assumiu em Fortaleza, a Secretaria de Cultura, em 1988. Desde a posse até o fim de sua gestão, ela desenvolveu um projeto que contemplou, não apenas a realização de obras e eventos, mas, principalmente, a implementação de um programa cuja pedagogia e filosofia buscavam conscientizar toda a sociedade sobre o real e amplo conceito de cultura. Um dos grandes projetos durante a sua gestão foi a inauguração do Theatro José de Alencar, na Capital.
Também está prevista uma passagem da urna com as cinzas pela Fundação da Casa Grande, no Teatro que leva o seu nome. Uma homenagem será prestada pela entidade. Após deixar a Universidade, ela afirmou ao diretor da entidade, Alemberg Quindins, que sua vida seria dedicada daquele momento em diante à Casa Grande e a sua família.
ELIZÂNGELA SANTOS
Repórter
Mais informações:
Universidade Regional do Cariri (Urca), Rua Coronel Antônio Luiz, 1.161, Pimenta, Crato (CE)
(88) 3102.1212/ 3102 1271
urca@urca.br