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Amarram o
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Por: Beto Fernandes. Locução e Produção.
Festejaram bastante os setenta anos da morte de Lampião. Uma festa parecida com o louvor a um mito. Todos parecem esquecidos do medo em que viviam os estados nordestinos, nos anos em que o cangaceiro reinou. Em Serra Talhada, onde ele nasceu, até pensaram em erguer estátua. Pode? Se na França cultuam a memória de Napoleão, porque negar esse direito aos conterrâneos de Virgolino Ferreira da Silva?
No Houaiss, bandido é o indivíduo que pratica atividades criminosas; pessoa sem caráter, de maus sentimentos. E também assaltante, bandoleiro, cabra, celerado, larápio, malfeitor, salteador e por aí afora. Por mais que a literatura de cordel e o cinema novo tenham lapidado uma outra imagem de Lampião, ele será sempre um bandido. Por mais que os sociólogos de esquerda como Rui Facó analisem as causas do cangaço, vinculando-as à fome, ao isolamento, à miséria da região, ao coronelismo e à política latifundiária, mesmo assim os cangaceiros continuarão bandidos.
No Brasil, tendemos a transformar bandidos em heróis, a simpatizar com salafrários que burlam a lei, enriquecem com o crime e sobem na vida a qualquer custo. Nenhuma comoção nacional aconteceu com a prisão de Daniel Dantas e seus asseclas. Ninguém saiu às ruas para manifestar-se, nem houve ameaças de linchamento como no caso da menina Isabella. Crimes de corrupção, mesmo que cheguem à cifra de dois bilhões de reais, são abstratos demais para os brasileiros. Gostamos do espetáculo do sangue e da carnificina.
A história de Lampião é um exemplo de que o Brasil globalizado ainda guarda resquícios do Brasil rural. Em 1926, Virgolino, acompanhado de seu bando, visitou a cidade cearense de Juazeiro do Norte, para se encontrar com grandes proprietários de terras, A Liga dos Coronéis, e receber a bênção do Padre Cícero Romão Batista, o Padinho Ciço. Os políticos, os latifundiários, o clero e os bandidos juntos, parecido com hoje.
A simpatia por Lampião se deve ao poder que ele alcançou desafiando autoridades e poderosos. Suas façanhas alimentavam o imaginário das pessoas que também sonhavam em romper com a miséria sertaneja. Mas Lampião nunca foi um herói como o lendário Robin Hood, roubando dos ricos para ajudar aos pobres. Sua crueldade só fazia distinção com os fazendeiros que pagavam para não serem molestados, nem terem as propriedades invadidas. Eram os coiteiros, protetores de criminosos e passadores de informações. Tudo igualzinho a hoje.
Quando visitou Juazeiro, além de receber armamentos, munição e a bênção do Padrinho, Lampião foi incumbido de ir ao encontro da Coluna Prestes e atacá-la. Mas ele tomou um rumo contrário ao dos comunistas. Sua vida era de bandoleiro e não de político. É falso politizar suas façanhas. Brigas de família por disputa de terras eram comuns naquele nordeste agrário e medieval. A escolha de Lampião pelo cangaço se deu por vários motivos, e não apenas por ele ter presenciado a morte dos pais. Centenas de cangaceiros entraram na vida errante, e não passaram pelo mesmo trauma.
O romancista russo Dostoievski criou um personagem que justifica o crime de assassinato cometido por ele, comparando-se a Napoleão. Bonaparte levou centenas de milhares de pessoas à morte, pilhando e destruindo cidades em nome de um sonho imperialista. A história o transformou em herói. É possível que as gentes nordestinas tenham enxergado em Lampião não o imperador expansionista que converteu a França ao seu delírio, mas alguém capaz de um grande feito: inverter a ordem do medo e do terror, assumindo o lugar de tirano. Se abstrairmos os discursos políticos, Lampião e Napoleão são metais do mesmo quilate. Afinal, bandido é o indivíduo que pratica atividade criminosa, segundo Houaiss.
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Foto Ilustrativa: Fonte: website spintravel.blogtv.com.pt.
O Brasil possui a terceira população jovem mais religiosa do mundo, segundo estudo da consultoria alemã Bertelsmann Stiftung: pelo menos 95% dos brasileiros entre 18 e 29 anos declararam que seguem uma religião. Esse índice coloca o País entre os mais religiosos do planeta – estamos apenas atrás da Nigéria e da Guatemala. Marrocos e Indonésia (países muçulmanos) têm os mesmos índices do Brasil (predominantemente católico). Os jovens brasileiros também estão entre os que mais rezam: 74% declararam fazê-lo diversas vezes ao dia, embora um terço deles tenha admitido que não vive totalmente de acordo com os preceitos da religião
Por Tatiana de Mello
Tem início nesta quarta-feira (dia 30), e segue até o dia 1º de agosto, o
Congresso de Educação do Cariri, em Juazeiro do Norte. O evento pretende
reunir profissionais da área de educação, psicólogos e psicanalistas de
várias cidades nordestinas. Segundo os organizadores do congresso mais de
1.500 pessoas, de 120 cidades nordestinas, já estão inscritas. Deste
total, 64,7% são do Ceará; 13,3% do Piauí; 12,5% de Pernambuco; 9,8% da
Paraíba; e os outros 1,4% são da Bahia, Rio Grande do Norte e Alagoas.
O Congresso de Educação do Cariri tem como objetivo principal compartilhar
experiências na área de ensino, contribuindo para a formação continuada de
professores da região e trazendo momentos de reflexão e troca de
experiências. Especialistas de todo o país estarão presentes no evento.
Entre os palestrantes, está o médico e professor Içami Tiba, que já
realizou mais de 80 mil atendimentos psicoterápicos a adolescentes e suas
famílias, escreveu diversos livros sobre educação e ministrou milhares de
palestras em escolas e programas de TV.
Destaque-se também Cipriano Luckesi, graduado em Filosofia, mestre em
Ciências Sociais e doutor em Filosofia da Educação. O educador traz para o
Congresso uma palestra que enfoca a importância do afetivo e do cognitivo
na educação, questionando criticamente o foco no cognitivo pela prática
educativa tradicional e propondo a necessidade de voltarmos nossa atenção
para a afetividade.
Durante os três dias de congresso, serão desenvolvidas várias atividades –
como palestras, mini-cursos e oficinas – abordando temas ligados à
educação, especialmente questões ligadas a valores e emoções no contexto
da prática pedagógica. O Congresso de Educação do Cariri é uma iniciativa
que visa contribuir com a formação continuada de professores da região,
trazendo momentos de reflexão e troca de experiências. Mais informações
pelo site www.congressojuazeiro.com.br.
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Anderson Lima
Brava Comunicação & Marketing
+ 55 81 3269.0005
+ 55 81 9974.5055
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1º | Guarany | 34 | 18 | 10 | 4 | 4 | 34 | 19 | 15 |
2º | Trairiense | 32 | 18 | 10 | 2 | 6 | 29 | 25 | 4 |
3º | Crato | 31 | 18 | 8 | 7 | 3 | 36 | 21 | 15 |
4º | Maracanã | 30 | 18 | 9 | 3 | 6 | 19 | 15 | 4 |
5º | Tiradentes | 29 | 18 | 8 | 5 | 5 | 20 | 14 | 6 |
6º | Maranguape | 29 | 18 | 8 | 5 | 5 | 21 | 17 | 4 |
7º | São Benedito | 21 | 18 | 6 | 3 | 9 | 20 | 25 | -5 |
8º | Barbalha | 17 | 18 | 4 | 5 | 9 | 31 | 35 | -4 |
9º | Itapajé | 14 | 18 | 2 | 8 | 8 | 14 | 29 | -15 |
10º | Limoeiro | 10 | 18 | 2 | 4 | 12 | 15 | 39 | -24 |