Segundo um tradicional esquema conceitual acerca dos estágios de desenvolvimento cultural da humanidade, a cerâmica, ofício de fabricar artefatos com barro modelado e cozido - é um importante e decisivo marco no processo civilizatório. Assim, por ser uma arte milenar e igualmente rústica, a cerâmica mantém, talvez por atavismo, características que remontam ao período neolítico: fazer artesanal, fins utilitários e lúdicos, e forte simbolismo, que nos aproxima do mítico e místico universo dos nossos antepassados. Desta forma, até hoje, a cerâmica exerce um certo fascínio nos apreciadores de arte e nos observadores em geral.
Mas, regozijai-vos, oh amantes da pureza e do regionalismo!, alvissareiras notícias temos para dar!
A cada dia cresce o número de seguidores da cerâmica artística. No entanto, devemos nos limitar a um exemplo de cada vez.
Através de um simples comentário, postado neste blog, conseguimos acessar outro blog que
registra e divulga um ateliê de cerâmica, integrado por um grupo de mulheres que leva a sério o trabalho e produz belíssimas peças. E o melhor: uma delas é cratense, já identificada no título.
O blog a que nos refirimos pode (e deve) ser acessado no seguinte endereço: garotasdobarro.blogspot.com. E quem quiser conhecer mais um pouco do trabalho de Roberta Machado, também pode dar uma esticada em minhasartes-roberta.blogspot.com.
O blog a que nos refirimos pode (e deve) ser acessado no seguinte endereço: garotasdobarro.blogspot.com. E quem quiser conhecer mais um pouco do trabalho de Roberta Machado, também pode dar uma esticada em minhasartes-roberta.blogspot.com.
Uma pequena amostra de sua arte pode ser vista nesta matéria.
E sobre a enfocada, deixemos que a mesma se apresente:
“Nasci no Crato. Cresci andando entre os canaviais, tomando caldo de cana, comendo alfinim, lavando os cabelos com água de côco (tamanha era a fartura), pisando na terra fria pelo clima da serra e banhando-me em lindas cascatas de fontes naturais, onde ali se concentrava uma lama clara, com a qual me lambuzava da cabeça aos pés, transformando-me em uma boneca de barro gigante... como eu era feliz!!!
Só não sabia, naquele momento, que esse contato tão de perto com a natureza , entre cores e cheiros, deixou em mim a sede de continuar brincando. Foi, então, que encontrei o barro.
... E como sou feliz !!! "