O Sítio Fundão, reserva ecológica localizada praticamente na área urbana do Crato, está em perigo. Ed Alencar, radialista, publicitário e um dos herdeiros da propriedade, está angariando apoio para a campanha que vem movimentando em defesa deste verdadeiro santuário da natureza.
A propósito, jornal Diário do Nordeste, na sua edição deste dia 18 de outubro, trouxe a reportagem que segue reproduzida abaixo:
Natureza e história a preservar
Uma manifestação contra incêndios criminosos, no fim do mês passado, chamou a atenção da opinião pública sobre o Sítio Fundão, localizado a três quilômetros do centro do Crato, com 97 hectares de mata nativa, incluindo espécies remanescentes da Mata Atlântica.
Estudantes, ambientalistas, professores e representantes de órgãos ligados ao meio ambiente se reuniram na área devastada pelo fogo com o objetivo de exigir dos governos municipal, estadual e federal a agilização do processo de tombamento do sítio e a conseqüente indenização, ou desapropriação, considerando não apenas as ameaças de novos incêndios, mas a necessidade de manutenção daquela área.
Riscos Na ocasião, o fogo destruiu aproximadamente 20 hectares de vegetação nativa localizada no perímetro urbano do Crato, revelando que, aos poucos, a área, preservada pelo ecologista Jéferson da Franca Alencar, e mantida por seus herdeiros, está sendo destruída. O radialista Edmundo Alencar, conhecido como Ed, é neto de Jéferson e um dos que levanta a bandeira pela preservação da área. "Esta é a única reserva ecológica intacta dentro da cidade do Crato", justifica.
Entre os indicativos para preservação do Sítio Fundão, estão um destaque do capítulo Preservação Ambiental e da Paisagem, do Plano de Requalificação Urbana do Crato (PRU); sua seleção, no âmbito do Geopark Araripe, através do Geotope Batateira, incluindo um Termo de Referência para a consolidação do Parque da Fonte Batateira, Cachoeira Batateira e Sítio Fundão, todos componentes do Geotope Batateira, para o Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (Compam).
Entre os indicativos para preservação do Sítio Fundão, estão um destaque do capítulo Preservação Ambiental e da Paisagem, do Plano de Requalificação Urbana do Crato (PRU); sua seleção, no âmbito do Geopark Araripe, através do Geotope Batateira, incluindo um Termo de Referência para a consolidação do Parque da Fonte Batateira, Cachoeira Batateira e Sítio Fundão, todos componentes do Geotope Batateira, para o Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (Compam).
Valor histórico Existem também Termos de Referência para Instrução de Tombamento dos geotopes do Geopark Araripe entregues à Universidade Regional do Cariri (Urca), com cópia para o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), já que, no contexto, existem edificações de valor patrimonial histórico também: uma casa de taipa de dois pavimentos; as ruínas de um engenho de madeira com tração animal; além de barragens em pedra, cuja construção é atribuída a escravos.
O arquiteto José Sales Costa Filho, consultor do Geopark Araripe, recomenda a formatação de convênio de cooperação entre a Prefeitura Municipal do Crato, Conpam, Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace); Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Iphan, para a resolução definitiva do impasse.
O arquiteto José Sales Costa Filho, consultor do Geopark Araripe, recomenda a formatação de convênio de cooperação entre a Prefeitura Municipal do Crato, Conpam, Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace); Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Iphan, para a resolução definitiva do impasse.
Foto: Casarão de taipa de dois pavimentos, uma das atrações do Sítio Fundão