Assim compreender fica bem mais fácil deglutir as rotinas do Universo às portas do desejo sem controle da racionalidade dos animais da Criação, pequenas gotas a pedir o perdão divino. Sabedoria dos séculos, carregam às costas essa missão monumental de revelar a natureza secreta aos pares, ânsias em movimento perante o precipício do Tempo, que jamais aceitará o silêncio da indiferença, a julgar as ações dos objetos em mudança.
Fôssemos imaginar fórmulas outras que não essa de transformação, da mutação do nosso eu material noutro instrumento de poder, o Eu Superior, a personalidade original dos Espíritos, e estaríamos de justificar a materialidade qual razão principal, quando assim jamais será, porquanto chegáramos depois de os termos do processo da Salvação haverem sido determinados, meros sujeitos que o somos, partículas infinitesimais da existência de Tudo quanto existir.
Daí que obedecer significa algo além da pura atitude impensada dos homens de viver por viver, senão providência inigualável de achar as portas da Eternidade e repousar nos braços amoráveis do Perdão.