Sexta-feira, 19/07, à tarde tive o prazer de visitar – mais uma vez – dona Almina Arraes de Alencar Pinheiro, uma das pessoas mais estimadas na comunidade cratense. Prazer redobrado em conversar com o filho dela, Joaquim, que ali se encontrava, funcionário aposentado do Banco Central, residente em Recife, pessoa distinta, educada e equilibrada, como os demais filhos do casal César Pinheiro-Almina Arraes.
Entre os assuntos que vieram à tona, falei sobre a figura humana do ex-Presidente da República Juscelino Kubitschek. Joaquim disse-me que quando morava em Brasília estivera duas vezes com JK. E contou-me que sobre esses encontros escrevera uma postagem para o BLOG DO CRATO. Ponderei que não fora no Blog do Crato. Pois, se tivesse sido, eu então me lembraria. Pedi a Joaquim que me enviasse essa postagem quando ele localizasse.
Na verdade, ele postou no BLOG CARIRICATURA e me enviou – hoje pela manhã –a postagem. Mesmo sem autorização do Joaquim reproduzo aqui, no BLOG DO CRATO, o escrito dele por julgar uma coisa interessantíssima.
Armando Lopes Rafael
21-07-2018.
"Juscelino Kubitschek - Por Joaquim Pinheiro
Texto
postado recentemente pela amiga Socorro Moreira fez aflorar da memória
um episódio com JK e me encorajou contá-lo no Cariricaturas. Em 1975,
eu trabalhava no protocolo da Gerência de Mercado de Capitais, do Banco
Central em Brasília, quando avistei, na fila de atendimento, o Dr.
Juscelino Kubitschek de Oliveira, acompanhado por dois assessores. Na sua frente, umas 4 ou 5
pessoas, todas Office boys ou contínuos de instituições financeiras.
Deixei meu birô e me dirigi até o ex-presidente JK, convidei-o a entrar e
me ofereci para atendê-lo de imediato. Educadamente, recusou furar a
fila, mesmo com os que estavam à sua frente insistindo em lhe ceder a
vez.
Enquanto a
fila andava, ficamos conversando. Perguntou de onde eu era, há quanto
tempo estava em Brasília, e outras perguntas do gênero. Comentou que
se lembrava do Crato, do aeroporto em cima da Serra do Araripe, do comício
de 1955, da beleza do Vale do Cariri, etc. Contei-lhe que meu pai,
eleitor de carteirinha da UDN, votou uma única vez no PSD e em JK,
exatamente por conta deste comício.
Comentei
que Papai há muito procurava um LP que tivesse a música Peixe Vivo,
tocada quando o então candidato chegava ao palanque. Juscelino perguntou
o nome de papai, o que ele fazia e se ainda morava no Crato. Chegou sua
vez, foi atendido (era apenas a entrega de um projeto), se despediu
apertando a mão de todos os presentes e se retirou.
Poucos dias depois, recebi um telefonema de uma Sra. identificando-se
como secretária do DENASA (Um banco de investimento que existia no Brasil, naquela época), no qual JK trabalhava, e convidando-me a ir até aquela instituição. Como ficava há
menos de 100 metros do meu local de trabalho, fui na mesma manhã. A Secretária
me recebeu de forma muito simpática e pediu para aguardar um pouco,
pois o “Presidente” queria falar comigo. Menos de 15 minutos depois,
entrava na Sala principal da Instituição e recebia um LP autografado por
ele e dedicado a meu pai. O disco hoje está comigo. Mando o
oferecimento, escrito pelo ex-presidente Juscelino Kubitschek para vocês verem".