O tema da redação do ENEM 2017, realmente surpreendeu muitos estudantes e até educadores.Temos visto nos anos anteriores que os temas da redação tinham um viés sociológico, voltado para as minorias. Portanto, muitos professores acreditavam que temas, como analfabetismo funcional, inclusão digital,intolerância aos LGBTs, Mobilidade Urbana, etc, poderiam ser os indicados para o ENEM. Embora o tem atual que trata da população com deficiência auditiva,seja um assunto de inclusão social, grande parte dos nossos estudantes do Ensino Médio, não buscam leituras até porque nossas escolas ainda não são consideradas inclusivas de fato e de direito. Na minha opinião, foi um tema difícil de dissertar até porque não existe acervo acadêmico que propicie aos estudantes, um aprofundamento da problemática sugerida na prova do ENEM. Nós que trabalhamos com Educação Especial, bem sabemos que a inclusão de pessoas com necessidades especiais, em especial os "surdos" ainda é muito difícil. Falta políticas públicas efetivas desde a educação infantil, para que as escolas possam ofertar o acesso, a permanência e o sucesso destes meninos e meninas com deficiência auditiva.
A Linguagem de Sinais já se configura como efetiva, mas na maioria das instituições a equipe de professores não estão aptos para trabalhar com esta demanda. Sempre, na rotina escolar , os estudantes são acompanhados por um intérprete , para que ele realmente possa adquirir novas aprendizagens.E aqui deixamos o seguinte questionamento:Em que medida a lei federal 10436 de Libras, tem estabelecido parâmetros de atuação na sociedade, aos profissionais e a educação ?
Infelizmente enquanto órgãos importantes como o STF, INEP, MEC etc, ficam buscando liminar para isso ou aquilo, como aconteceu às vésperas da realização do ENEM, falta políticas públicas efetivas para realmente se fazer uma educação inclusiva sem separações de sexo, raça, classe social ,ou seja , está aberta para colher as diferenças