O Rei Felipe VI, a Rainha e as duas filhas do casal no Parlamento
Acompanhe a programação, pela hora oficial de Madri:
19 DE JUNHO
9h30 – CAPITÃO GENERAL - O Rei Juan Carlos passará a faixa de Capitão-General das Forças Armadas espanholas ao Rei Felipe VI no Palácio da Zarzuela.
10h – PARLAMENTO - O Rei Felipe VI e a Rainha Letizia, acompanhados da Família Real, com exceção de Dom Juan Carlos e Dona Sofia, seguirão para Parlamento.
10h30 – PROCLAMAÇÃO – O rei e a Família Real serão saudados pelos membros do Parlamento, das intuições nacionais e demais representantes do povo, sendo proclamado Rei Felipe IV da Espanha. Ainda no Parlamento o Rei fará um discurso e será homenageado com um desfile militar.
11h30 – ACLAMAÇÃO POPULAR - O Rei e a Rainha, acompanhados pelas filhas, seguirão para o Palácio da Zarzuela em carro aberto sendo saudados pela população.
13h – RECEPÇÃO – A Família Real da Espanha saudará a população do balcão central do Palácio Real e oferecerá um coquetel simples aos convidados.
---------------------
Uma rápida reflexão:
Numa monarquia, o rei é preparado, desde sua infância, para exercer o papel de chefe de Estado. Não se improvisa um rei, como acontece nas repúblicas, quando um presidente pode ser improvisado. Este, às vezes, chega ao poder sem nunca ter administrado sequer uma carrocinha de venda de bombom. No Brasil temos exemplos recentes...
O Rei chega ao poder contando com a unanimidade da nação, pois não foi “eleito” por uma facção partidária.Numa república, o presidente é escolhido por uma parte da população, ou seja, pelo percentual de votos que lhe foi dado. Quem votou noutro candidato que não foi eleito, não se sente representado pelo que teve mais votos. Geralmente o presidente da república é um pai para os que são do seu partido e um padrasto para a oposição. No Brasil temos exemplos recentes....
Dilma Rousseff teve 56% dos votos no 2º turno das eleições de 2010! Certo? Errado!
O Brasil tinha, há 4 anos, 135.804.433 eleitores.
Na última eleição presidencial, em 2010, compareceram para votar 106.604.687 (78,5% do total de eleitores inscritos)
– Dos 78,5% que compareceram, 55.752.092 eleitores votaram em Dilma (41% do eleitorado total)
Ou seja, 59% dos eleitores brasileiros não votaram em Dilma Rousseff, como demonstraremos abaixo:
– 43.710.422 eleitores votaram em José Serra (32% do total de eleitores)
– 29.194.356 eleitores se abstiveram de votar (22% do total de eleitores)
– 4.689.310 eleitores anularam o voto e 2.452.591 eleitores votaram em branco ( nulos e brancos representaram 5,25% do total dos eleitores)
Em síntese dos 135.804.433 eleitores inscritos, 80.052.341 eleitores não votaram em Dilma Rousseff.
O presidente da República jamais governa com a unanimidade moral do povo, o que é habitual numa monarquia. Como bem escreveu José Maria Pemán, um brilhante intelectual espanhol, no livro “Cartas a um céptico sobre as formas de Governo”: “Em princípio, não há processo de designação mais contrário à essência da magistratura suprema do que o eleitoral: deve ser uma magistratura para todos – e é eleita por um partido; deve ser um poder imparcial e sereníssimo – e nasce das paixões da luta; deve ser um símbolo unanimemente respeitado – e expõem-no durante o período que precede a sua ascensão, que é o do combate eleitoral, a todos os embates da crítica, da discussão, da caricatura e do libelo” (Edições Gama, Lisboa, 1941, p.71).
As recentes agressões verbais mandando a presidente Dilma “tomar naquele lugar”, na abertura da Copa do Mundo, no último dia 12, além de um fato lamentável de desrespeito é a prova cabal do que se afirmou acima. Pense nisso!”
(por Armando Lopes Rafael)