"A decisão veio "DE CIMA", como uma bomba, e em caráter Irrevogável"
O Plano, na verdade, já havia sido todo forjado pelas cúpulas superiores para desativarem o SESI do Crato até o final deste ano. Faltava apenas os capatazes trazerem a notícia. Como sempre acontece, alegaram estudos, alegaram inviabilidades, e trouxeram nas suas pastas de cabeças de planilha, números e gráficos forjados ou não, sobre a necessidade da desativação de um complexo que há mais de 40 anos tem sido um símbolo e um modêlo para a cidade do Crato. Um local aonde foram realizados eventos importantes, e aonde milhares de pessoas ainda o utilizam.
De maletas em punho, e portando um sorriso Lombrosiano no rosto, forasteiros filhos da poderosa indústria brasileira adentraram o salão nobre da prefeitura do Crato na manhã do último dia 12, não para ouvirem o que os Cratenses tinham a dizer sobre o que consideram o seu patrimônio, mas simplesmente para comunicarem que estarão desativando o SESI, e o levando para Juazeiro do Norte. Sem dúvida, é um momento de dor e de tristeza, para todos nós cratenses, estarmos nas mãos de quem não possui nenhuma sensibilidade, nenhum compromisso para com o povo do Crato, nenhuma estima e conhecimento sobre as nossas tradições e a nossa história.
O dia 12 de Agosto de 2010 consagrou-se como um daqueles dias negros, de um profundo desrespeito para com as famílias Cratenses que utilizam o complexo do SESI. O ilustre prefeito municipal e uma equipe formada por secretários e cratenses de boa índole ainda lutaram tentando evitar que se chegasse a esse desfecho. Não funcionou. O prefeito mostrou papéis que comprovam que o Crato possui hoje os melhores índices de desenvolvimento, dados esses que foram até concordados pelos forasteiros, porém ignorados completamente. A cada novo argumento apresentado, os integrantes da FIEC diziam apenas que: "Estamos aqui somente para comunicar. Não há NADA que vocês possam fazer agora".
E infelizmente, prezados Cratenses, essa é que é a verdade: Não há nada a fazer agora, senão lamentar e lamentar, afinal de contas, as chamadas "forças ocultas" que de alguns anos para cá têm trabalhado ostensivamente pelo sucateamento do Crato, arrancando do nosso solo as nossas maiores lojas, o SENAI, um Campus da Universidade Federal, O BICBANCO, a Receita Federal, a sede Regional do DETRAN e agora o SESI, operaram mais uma vez sob a nossa plácida contemplação. Amanhã poderá vir a ser a sede da DIOCESE, o SESC, O Banco do Brasil, o Banco do Nordeste, a Caixa Econômica, ou mesmo a URCA. Tramam tudo nas sombras, nos altos escalões dos governos e das organizações. Podemos hoje até indagar se não existe um real complô contra o Crato, sugando aquilo que temos de melhor, com a conivência pacífica e irresponsável de políticos oportunistas e indolentes, que nada fazem para defender o que é do Crato, a não ser umas poucas vozes que ainda se levantam para reclamar, mas a força de um poder municipal jamais poderá se contrapor ao poderio Estadual, Federal, e sobretudo ao poderio econômico e Político.
Que fique registrado através de fotos, de depoimentos, e das câmeras da história quem nesse instante defendeu a nossa bandeira, e quem foram os reais traidores em todas as esferas, que tramaram contra o Crato, seja por atos ou por omissão. Que fique eternizado nas páginas da história que lutamos com todas as nossas forças contra as chamadas "decisões que vêm de cima", de tentar esmagar os desejos, os anseios e os sonhos de toda uma população, que trabalha sempre por dias melhores e que indubitavelmente, merecia mais carinho, admiração, e sobretudo, o RESPEITO por parte dos altos escalões.
Por: Dihelson Mendonça
UM CRATENSE QUE AMA ESTA TERRA
De maletas em punho, e portando um sorriso Lombrosiano no rosto, forasteiros filhos da poderosa indústria brasileira adentraram o salão nobre da prefeitura do Crato na manhã do último dia 12, não para ouvirem o que os Cratenses tinham a dizer sobre o que consideram o seu patrimônio, mas simplesmente para comunicarem que estarão desativando o SESI, e o levando para Juazeiro do Norte. Sem dúvida, é um momento de dor e de tristeza, para todos nós cratenses, estarmos nas mãos de quem não possui nenhuma sensibilidade, nenhum compromisso para com o povo do Crato, nenhuma estima e conhecimento sobre as nossas tradições e a nossa história.
O dia 12 de Agosto de 2010 consagrou-se como um daqueles dias negros, de um profundo desrespeito para com as famílias Cratenses que utilizam o complexo do SESI. O ilustre prefeito municipal e uma equipe formada por secretários e cratenses de boa índole ainda lutaram tentando evitar que se chegasse a esse desfecho. Não funcionou. O prefeito mostrou papéis que comprovam que o Crato possui hoje os melhores índices de desenvolvimento, dados esses que foram até concordados pelos forasteiros, porém ignorados completamente. A cada novo argumento apresentado, os integrantes da FIEC diziam apenas que: "Estamos aqui somente para comunicar. Não há NADA que vocês possam fazer agora".
E infelizmente, prezados Cratenses, essa é que é a verdade: Não há nada a fazer agora, senão lamentar e lamentar, afinal de contas, as chamadas "forças ocultas" que de alguns anos para cá têm trabalhado ostensivamente pelo sucateamento do Crato, arrancando do nosso solo as nossas maiores lojas, o SENAI, um Campus da Universidade Federal, O BICBANCO, a Receita Federal, a sede Regional do DETRAN e agora o SESI, operaram mais uma vez sob a nossa plácida contemplação. Amanhã poderá vir a ser a sede da DIOCESE, o SESC, O Banco do Brasil, o Banco do Nordeste, a Caixa Econômica, ou mesmo a URCA. Tramam tudo nas sombras, nos altos escalões dos governos e das organizações. Podemos hoje até indagar se não existe um real complô contra o Crato, sugando aquilo que temos de melhor, com a conivência pacífica e irresponsável de políticos oportunistas e indolentes, que nada fazem para defender o que é do Crato, a não ser umas poucas vozes que ainda se levantam para reclamar, mas a força de um poder municipal jamais poderá se contrapor ao poderio Estadual, Federal, e sobretudo ao poderio econômico e Político.
Que fique registrado através de fotos, de depoimentos, e das câmeras da história quem nesse instante defendeu a nossa bandeira, e quem foram os reais traidores em todas as esferas, que tramaram contra o Crato, seja por atos ou por omissão. Que fique eternizado nas páginas da história que lutamos com todas as nossas forças contra as chamadas "decisões que vêm de cima", de tentar esmagar os desejos, os anseios e os sonhos de toda uma população, que trabalha sempre por dias melhores e que indubitavelmente, merecia mais carinho, admiração, e sobretudo, o RESPEITO por parte dos altos escalões.
Termino com um texto de Maiakovsky, que bem retrata a situação atual do povo do Crato:
"Na primeira noite, eles aproximam-se e colhem uma Flor do nosso jardim e não dizemos nada. Na segunda noite, Já não se escondem; pisam as flores, matam o nosso cão, e não dizemos nada. Até que um dia, o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua e, conhecendo o nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E porque não dissemos nada, Já não podemos dizer mais nada..."
Por: Dihelson Mendonça
UM CRATENSE QUE AMA ESTA TERRA