A campanha sistemática da mídia contra Lula, a desqualificação irrestrita de qualquer obra de governo, a insistência em não ver avanços em nenhuma política, as tentativas de desestabilizar politicamente o país com CPIs e factóides, não pode levar ao extremo de demonizar qualquer crítica.
Há que se discutir os limites entre a real politik e a falta de coragem política. Sem o realismo político e a incrível capacidade de fazer alianças e esvaziar armações, Lula teria caído. Mas sem a crítica aos pontos essenciais que foram deixados de lado, ele não teria avançado, especialmente nas medidas anticíclicas que impediram que o país fosse arrastado pela crise mundial.
É necessário enfatizar, sim, a permanente submissão da política econômica ao território livre do Banco Central, que manteve a terrível política de concentração de renda inaugurada nos anos 90. A Bolsa Família é um programa essencial. Comparando seus recursos (assim como os que vão para o SUS), com aqueles desviados para juros, vira bolsa-esmola, sim. Políticas sociais não podem ser periféricas: devem ser o centro de toda política pública.
Há uma luta intestina no governo, entre os que defendem aumento de gastos sociais e redução de juros, entre a Fazenda, com suas medidas anticíclicas e o BC - que transformou a marolinha em uma chuva forte, com seus erros monumentais. O BC acabou blindado pela mídia e pelo mercado e também pelos que consideram que toda crítica contra a política econômica faz parte do golpismo da mídia.
O patrulhamento a qualquer crítica ao governo, incluindo ai o ônus que o governo teve que pagar - submetendo-se ao BC - significa fazer o jogo da mídia e do mercado.
Lula é um equilibrista, no melhor sentido da palavra. Fez concessões altas para garantir a governabilidade e a consolidação de algumas políticas sociais. Mas só se livrou das amarras desse financismo e fiscalismo desvairado quando as críticas corretas ganharam massa crítica, permitindo à Fazenda entrar com suas medidas anticíclicas. Ou vocês acham que alguém que coloca entre seus conselheiros Luiz Gonzaga Belluzzo e Delfim Netto está confortável com a camisa de força em que se meteu?
Há que se discutir os limites entre a real politik e a falta de coragem política. Sem o realismo político e a incrível capacidade de fazer alianças e esvaziar armações, Lula teria caído. Mas sem a crítica aos pontos essenciais que foram deixados de lado, ele não teria avançado, especialmente nas medidas anticíclicas que impediram que o país fosse arrastado pela crise mundial.
É necessário enfatizar, sim, a permanente submissão da política econômica ao território livre do Banco Central, que manteve a terrível política de concentração de renda inaugurada nos anos 90. A Bolsa Família é um programa essencial. Comparando seus recursos (assim como os que vão para o SUS), com aqueles desviados para juros, vira bolsa-esmola, sim. Políticas sociais não podem ser periféricas: devem ser o centro de toda política pública.
Há uma luta intestina no governo, entre os que defendem aumento de gastos sociais e redução de juros, entre a Fazenda, com suas medidas anticíclicas e o BC - que transformou a marolinha em uma chuva forte, com seus erros monumentais. O BC acabou blindado pela mídia e pelo mercado e também pelos que consideram que toda crítica contra a política econômica faz parte do golpismo da mídia.
O patrulhamento a qualquer crítica ao governo, incluindo ai o ônus que o governo teve que pagar - submetendo-se ao BC - significa fazer o jogo da mídia e do mercado.
Lula é um equilibrista, no melhor sentido da palavra. Fez concessões altas para garantir a governabilidade e a consolidação de algumas políticas sociais. Mas só se livrou das amarras desse financismo e fiscalismo desvairado quando as críticas corretas ganharam massa crítica, permitindo à Fazenda entrar com suas medidas anticíclicas. Ou vocês acham que alguém que coloca entre seus conselheiros Luiz Gonzaga Belluzzo e Delfim Netto está confortável com a camisa de força em que se meteu?
Autor: Luis Nassif - Postagem: José Nilton Mariano Saraiva