Por último vejamos. O sol se levante e se põe todos os dias. Fez isso antes de nascermos e continuará depois. Então a diferença está no que fazemos de nossas vidas enquanto ele se movimenta. É comum que nossas vidas pequenas, individuais, as sintamos como apenas sobrevivência. Mas não é verdade, dos nossos gritos, dos nossos atos criam-se cadeias de eventos, alguns muito ruins e outros muito bons. Ao nosso caso: o DIHELSON grita pela cultura da região. Ficamos batendo na tecla semanas. O Válter Peixoto, por interesse político, legítimo e é isso mesmo que devemos provocar, o debate político, veio para a cena e tudo pegou fogo numa simples semana. Imaginem nós em conjunto assumindo os destinos de nossas próprias vidas. Imaginem nós nos encontrando no outro. Em Juazeiro, Barbalha, Exu, Nova Olinda e todo o Araripe.
01 novembro 2007
MANTENDO A CAMPANHA PELA CULTURA DO CARIRI
Por último vejamos. O sol se levante e se põe todos os dias. Fez isso antes de nascermos e continuará depois. Então a diferença está no que fazemos de nossas vidas enquanto ele se movimenta. É comum que nossas vidas pequenas, individuais, as sintamos como apenas sobrevivência. Mas não é verdade, dos nossos gritos, dos nossos atos criam-se cadeias de eventos, alguns muito ruins e outros muito bons. Ao nosso caso: o DIHELSON grita pela cultura da região. Ficamos batendo na tecla semanas. O Válter Peixoto, por interesse político, legítimo e é isso mesmo que devemos provocar, o debate político, veio para a cena e tudo pegou fogo numa simples semana. Imaginem nós em conjunto assumindo os destinos de nossas próprias vidas. Imaginem nós nos encontrando no outro. Em Juazeiro, Barbalha, Exu, Nova Olinda e todo o Araripe.
Desejos

O sujeitinho frio e distante, olhando o mundo por trás de lentes grossas como fundo de garrafa, foi taxativo. Não usou de caminhos tortuosos , enviesados. Num salto chegou ao cerne da questão. Mal disfarçou uma babinha de prazer que parecia escorrer-lhe pelo canto da boca. Com jeitos de carrasco que testa com a polpa do polegar a agudeza do fio da guilhotina, lascou a terrível sentença:
--- É câncer seu Godogredo ! O senhor tem por dentro um caranguejo que lhe está carcomendo rapidamente. Falar em quanto tempo o senhor tem pela frente é mera cogitação. Mas vou ser muito sincero com o senhor: Curta muito bem este verão, seu Godofredo !
Ouviu a pena de morte, sem muita perplexidade. Não que a esperasse. Sempre imaginara que estas fatalidades só acontecem com os outros, com amigos e conhecidos. Não se alongou em perguntas , nem em detalhes técnicos. Já não lhe interessou que meios seriam empregados na execução da penalidade. Saiu à rua e se viu acometido de uma sensação estranhamente prazerosa. Começou a observar o mundo e descobrir matizes e nuances totalmente inusitados. Revelaram-se-lhe o arrulho de amor dos pombos na pracinha; a antes imperceptível floração temporã das bromélias nos canteiros e o movimento quase Browniano dos carros velozes, com seus motoristas de olhos embotados para a vida ao derredor. O céu, no crepúsculo, ganhava tons sanguíneos em degradé , mesmo imprensado em meio às paredes dos espigões. As pessoas apressadas transitavam de olhos absortos em problemas distantes e impalpáveis, como se nada existisse à sua volta. Pareciam os manequins que pendiam das vitrines com seus sorrisos empalhados e imóveis. As quinquilharias que lubricamente se ofereciam por trás das vidraças das lojas de importados lembraram-lhe as guloseimas que o domador oferece aos ursos após cada treinada peripécia no picadeiro. O bar da esquina estava repleto de pessoas de olhar perdido e alegria programada. Percebeu, pela primeira vez, que ali postavam-se muito mais anestesiando com álcool suas dores e frustrações do que erguendo um brinde à grandeza da vida. Angustiou-se com a pequena platéia que existia para a sagrada dramaturgia da existência.

Com o passar dos dias, o planeta começou a brilhar-lhe como jamais um dia acontecera. Deteve-se cuidadosamente nos pequeninos detalhes que se descortinavam há tanto tempo à sua frente. O voejar estático do beija-flor, o polinizador ósculo da abelha, a quaresmal florada do ipê roxo. Sentiu-se prenhe de vida e , como toda gestante, começou a ter desejos insólitos e inabituais. O Doce de Leite de Isabel Virgínia, o Caldo de Mocotó de Bosquim, o Cachorro Quente de Enoque, o Filhós da Praça da Sé, o Quebra-Queixo da Feira, a Tapioca com Fígado de Canena. Sequer conseguia entender como engravidara após a perspectiva do fim. Só com os dias, compreendeu que vida e morte são extremidades que se tocam, o anverso/reverso de uma mesma medalha. E que acalanto é apenas a primeira estrofe da “incelença” que se prenuncia.
J. Flávio Vieira
Piadas do Orkut !
SESC lança Nona Edição da Mostra Cariri de Cultura

bem como a programação
no site: www.sesc-ce.com.br/mostracariri
SESC Juazeiro apresenta mais uma Etapa do Sonora Brasil

Grupo amazonense Raízes Caboclas apresentará o espetáculo Tonos Novos, especialmente elaborado para o circuito Sonora Brasil.
Neste sábado, dia 03 de novembro, acontecerá no SES Juazeiro, mais uma etapa Tradições Contemporâneas do Projeto Sonora Brasil, com o grupo Raízes Caboclas.
Formado no início da década de 80, o grupo tem como principal objetivo a abordagem das raízes culturais da amazônia, buscando referências nas diversas tendências musicais da região. O grupo é formado por Celdo Braga, Júlio Lira, Osmar Oliveira, Raimundo Angulo, Eliberto Barroncas, Adalberto Holanda e Otávio Di Borba. O Raízes Caboclas já esteve de norte a sul do Brasil e fora dele. Esteve nos Estados Unidos, Alemanha, Venezuela, Peru e Colômbia, levando a cultura brasileira a estes países. O programa a ser apresentado foi especialmente produzido para percorrer o país, como parte do projeto Sonora Brasil – Tradições Contemporâneas. É um trabalho experimental, baseado na força das águas e da floresta, como traços marcantes na criação poético / musical da região.
Mais informações sobre o grupo e o espetáculo podem ser encontradas no blog. www.agende-se.blogspot.com .
Serviço:
Projeto Sonora Brasil
Grupo Raízes Caboclas
Sábado, dia 03 de Novembro, às 19h, no SESC Juazeiro.
Entrada Franca.
Mais informações:
SESC Juazeiro
Programa Cultura
Rua da Matriz, 227. Centro, Juazeiro do Norte – CE.
Fone: 3512.3355