
O evento vai rolar no Museu da República (Rua do Catete, 153 - Catete), de 29/11 (quinta-feira) a 02/12 (domingo). Das 10:00 às 22:00.
Blandino, Zé Flávio, Stênio Diniz, Abdoral e Roberto Marques
Um amor tão grande pela música, uma dedicação tão intensa e meritória de admiração e respeito. João Carlos Martins viu-se por diversas vezes privado de seu contato com o piano, quando teve um nervo rompido e perdeu o movimento da mão direita em um acidente em um jogo de futebol em Nova Iorque.
Com vários tratamentos, recuperou parte dos movimentos da mão, mas com o correr dos anos desenvolveu a doença chamada LER, que ocorre devido a movimentos repetitivos e causa o estressamento de nervos. Novamente teve que parar de tocar, e dessa vez acreditou seria para sempre. Vendeu todos seus pianos e tornou-se treinador de boxe, querendo estar o mais longe possível do que sua carreira significava como músico. Mas sua incontrolável paixão o fez retornar, e realizou grandes concertos, comprou novos instrumentos e tentou utilizar o movimento de suas mãos criando um estilo único de tocar e aproveitar ao máximo a beleza das peças clássicas.
Mas ao realizar um concerto em Sofia na Bulgária, sofreu um ataque em um assalto, e um golpe na cabeça lhe fez perder parte do movimento de mãos novamente, e quando quer que ele se esforçasse sofria dores intensas em suas mãos, e novamente pensou que nunca mais voltaria a tocar. João perdeu anos de sua carreira em tratamentos, treinamentos e encontrou novamente uma nova maneira de tocar, utilizando os dedos que podia em cada mão, mas dia a dia podia tocar menos e menos.
Essa paixão de João Carlos pela música inspirou um documentário franco-alemão chamado Martins Passion, vencedor de quatro Festivais internacionais. O documentário franco-alemão sobre a sua vida - "Paixão segundo Martins" - já foi visto por mais de um milhão e meio de pessoas na Europa. Também já foi exibido em algumas oportunidades na TV aberta no Brasil, no caso a TV Cultura.
“Eu estava sem rumo, em 2003, já sabendo que não poderia mais tocar nem com a mão esquerda. Sonhei então, que estava tocando piano, com o Eleazar de Carvalho, que me dizia: - vem para cá, que eu vou te ensinar a reger.” - palavras de João Carlos em uma entrevista.
Em maio de 2004 esteve em Londres regendo a English Chamber Orchestra, uma das maiores orquestras de câmara do mundo, numa gravação dos seis Concertos Branndenburguenses de Johann Sebastian Bach e, já em dezembro, realizou a gravação das Quatro Suites Orquestrais de Bach com a Bachiana Chamber Orchestra. Os dois primeiros CDs já foram lançados (lançamento internacional).
Incapaz de segurar a batuta ou virar as páginas das partituras dos concertos, João Carlos faz um trabalho minuncioso de memorizar nota por nota, demonstrando ainda mais seu perfeccionismo e dedicação ao mundo da música.
João Carlos realiza também, na Faculdade de Música da FAAM, um programa de introdução à música com jovens carentes.
A Verdade da Arte: A Leitura Hermenêutica de Gadamer
Dia 28 (18:30)
Palestrante: Prof. Ms. Régio Hermilton Ribeiro Quirino, coordenador do projeto de extensão Filosofia na escola. Pesquisador do LIEGS –UFC/Cnpq e do Pesquisas filosóficas UFC/Cnpq. Mediador: Prof. Me. Ericsson Coriolano, coordenador do Curso de Filosofia UFC/Cariri
A arte convoca, interroga; por isso, a experiência da arte é uma forma de compreensão. Esta convocação, este interrogar, na verdade, é um convocar-se, um interrogar-se, pois a existência humana está marcada pela continuidade hermenêutica do ser. A análise da arte pela hermenêutica filosófica de Hans-Georg Gadamer desvela a experiência da obra de arte na Filosofia contemporânea, fazendo uma contraposição com a análise da estrutura da Filosofia moderna acerca da arte.
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